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- "O mercado de capitais para renda variável está fechado e deve continuar fechado até a decisão da eleição [presidencial] no ano que vem", afirma Paolo Di Sora, CIO e sócio fundador da RPS Capital
(Bruna Camargo) – O boom de ofertas iniciais de ações (IPOs, na sigla em inglês) que o Brasil via até algum tempo atrás não deve voltar tão logo, avaliam gestores da SPX Capital, JGP e RPS Capital. Muitas empresas têm desistido de estrear no mercado e, pelo que os especialistas observam, já perderam a chance até pelo menos o ano que vem. Eles participaram de um painel no evento BTG Bankers Experience 2021, promovido pelo banco BTG Pactual, na quinta-feira (21).
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“O mercado de capitais para renda variável está fechado e deve continuar fechado até a decisão da eleição [presidencial] no ano que vem”, afirma Paolo Di Sora, CIO e sócio fundador da RPS Capital. Para ele, os IPOs “pipocaram” em um momento de juros baixos e, com a mudança do ciclo, é natural que a janela seja fechada porque os investidores fogem dos ativos menos líquidos em tempos de incerteza, como o que se estabelece agora.
Leonardo Linhares, membro do comitê executivo e diretor da SPX Capital, avalia que, nesse ciclo de IPOs, houve muitas oportunidades nos setores de saúde e tecnologia, mas que o “desconhecimento dos investidores e do mercado” nesses segmentos pode ter se refletido em como as ações estão no momento – muitas derretendo. “Ocorreram erros de precificação e entendimento. Tivemos histórias e preços ruins”, diz.
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Já Márcio Roberto Correia, sócio e gestor da JGP, tem um olhar mais otimista. “Ainda tem muita coisa boa para vir para o mercado e, as que vieram, são muito boas”, afirma. “Torço para que [o cenário macroeconômico] melhore e tenha muitos IPOs para fomentar o mercado.”