

Em relatório divulgado nesta terça-feira (15), o BTG Pactual reiterou a recomendação de compra para as ações do IRB Re (IRBR3). O banco mantém preço-alvo de R$ 56 para os papéis em 2025, o que implica em uma valorização potencial de 25,5% sobre o fechamento da última sessão.
O call positivo em relação ao ressegurador acontece após uma reunião dos especialistas do BTG com o CEO Marcos Falcão, onde o executivo defendeu que o turnaround na companhia está completo. O termo é utilizado no mercado para se referir à reformulação pela qual empresas em crise precisam passar para se recuperar – como aconteceu com o IRB, que vem reestruturando os negócios após uma série de prejuízos e fraudes contábeis descobertas em 2020.
Segundo o BTG, ainda há espaço para melhorias na companhia, mas o ambiente de Selic mais alta do que o inicialmente esperado faz com que as projeções do banco para o lucro líquido do IRB – de R$ 550 milhões para o ano fiscal de 2025 – pareçam cada vez mais “no bolso”. No fim de fevereiro, a companhia reportou um lucro líquido de R$ 112 milhões no 4º trimestre de 2025, um salto de 196,9% em relação ao mesmo período de 2023. O primeiro balanço referente a 2025 será divulgado a mercado em 12 de maio.
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“É importante ressaltar que a geração de caixa do IRB está atualmente superando o lucro líquido reportado, o que significa que o patrimônio líquido tangível tem crescido ainda mais rápido. O CEO reforçou sua ambição de construir uma empresa capaz de entregar um ROE sustentável de 20%, apoiada por um robusto colchão de provisão para ajudar a amortecer a volatilidade (mesmo que algum nível seja inerente ao negócio)”, destacam Eduardo Rosman, Thiago Paura e Ricardo Buchpiguel no relatório.
Para frente, os ganhos em eficiência continuam no radar, mas mudanças recentes na composição do conselho são vistas como ganhos importantes de governança que devem deixar a alocação de capital mais transparente. Agora, a companhia já começa a falar sobre voltar a remunerar acionistas. Nesta entrevista ao E-Investidor, publicada na última semana, o CFO Frederico Knapp disse que o IRB deve retomar o pagamento de dividendos a partir dos resultados do quarto trimestre de 2025, a ser divulgado em balanço em 2026.
O tema também apareceu na conversa do BTG com o CEO Marcos Falcão. “Isso representaria um marco importante na história do turnaround, reforçando ainda mais um cenário construtivo para as ações do IRB“, diz o banco.