- O Itaú BBA divulgou um relatório nesta segunda-feira (18) "recalculando a rota" das projeções feitas para 2024
- Com incertezas fiscais no País e externas, com a perspectiva de um dólar mais forte globalmente, o banco aumentou a projeção de dólar para R$ 5,70 ao final deste ano e do próximo
- O banco agora espera que a taxa Selic suba para 13,50% ao ano no decorrer de 2025 e permaneça nesse nível até o final do próximo ano
O Itaú BBA divulgou um relatório nesta segunda-feira (18) “recalculando a rota” das projeções feitas para 2024. No documento, o banco explica que a percepção de risco no mercado doméstico tem aumentado com a expectativa que o crescimento elevado das despesas obrigatórias dificultaria muito o cumprimento do arcabouço fiscal até 2026. Para manter os compromisso estabelecidos na regra, segundo o BBA, o pacote de corte de gastos prometido pelo Executivo precisaria ser de ao menos R$ 60 bilhões.
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“Sem a perspectiva de convergência a resultados primários compatíveis com a estabilidade da dívida pública, a apresentação de medidas que assegurem o cumprimento do arcabouço ganha ainda mais importância. Essas idealmente deveriam incluir iniciativas tópicas, bem como estruturais”, diz o BBA.
Com incertezas fiscais no País e externas, com a perspectiva de um dólar mais forte globalmente, o banco aumentou a projeção de dólar para R$ 5,70 ao final deste ano e do próximo. A expectativa antes era de R$ 5,40 em 2024 e R$ 5,20 em 2025.
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A projeção para a Selic também mudou de forma relevante. “Com câmbio mais depreciado, atividade ainda resiliente, expectativas desancoradas (por um período prolongado) e riscos crescentes, o Banco Central precisará recalcular o grau de aperto monetário e avançar ainda mais, e com maior celeridade, em território contracionista”, diz o BBA.
O banco agora espera que a taxa Selic suba para 13,50% ao ano no decorrer de 2025 e permaneça nesse nível até o final do próximo ano. Antes, a projeção era que o ciclo de altas de juros se encerraria em 12% ao ano.