O Itaú (ITUB4) apresentou resultados sólidos e robustos, dizem os analistas da XP e Genial Investimentos em relatórios divulgados nesta terça-feira (7). Ontem, o maior banco privado do Brasil reportou um lucro líquido de R$ 9,8 bilhões no primeiro trimestre de 2024, alta de 15% na comparação com o mesmo período do ano passado.
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Os analistas das duas casas de análise disseram que os números vieram dentro do esperado. Para os analistas da Genial, a rentabilidade do Itaú, medida pelo Retorno sobre Patrimônio Líquido (ROE, na sigla em inglês), permaneceu consistente em níveis elevados. O indicador teve um aumento de 1,2 ponto porcentual e encerrou o primeiro trimestre em 21,9%.
“O trimestre reforça a consistência dos resultados que o banco vem apresentando ao longo deste ciclo de crédito, resultado de melhorias nos processos, tecnologia, modelos de crédito e gestão de pessoas e cultura. As receitas totais continuaram em ascensão, enquanto as despesas administrativas foram mantidas sob controle e o custo de crédito diminuiu neste trimestre, resultando em uma expansão da rentabilidade”, apontam Eduardo Nishio, Wagner Biondo e Felipe Oller, que assinam o relatório da Genial.
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A equipe da XP Investimentos lembra que a inadimplência do banco recuou 0,2 ponto porcentual na base anual, ficando em 2,7%, o menor nível nos últimos dois anos. “Este desempenho permitiu ao banco ter um índice de cobertura de 221%, o que está dentro do intervalo que consideramos saudável”, afirmam Bernardo Guttmann, Matheus Guimarães e Rafael Nobre.
Por outro lado, os analistas mostram preocupação com a carteira de crédito. A projeção do banco é que a carteira de crédito deve crescer entre 6,5% e 9,5% em 2024. No entanto, o item cresceu 2,8% e foi para R$ 1,18 trilhão. A XP diz que a alta está abaixo da estimativa do próprio Itaú.
“O crescimento deste trimestre foi tão modesto que não se verificava desde o primeiro trimestre de 2018. Em 2024, o baixo crescimento foi reflexo de um abrandamento tanto nos Indivíduos como nas Empresas. Embora o ano possa ter começado devagar, até o momento, não temos indicações que nos levem a acreditar que o guidance deste ano deva ser revisto para baixo”, explicam Guttmann, Guimarães e Nobre.
O que fazer com as ações do Itaú agora?
As duas corretoras recomendam compra para as ações do Itaú e classificam o ativo como favorito do setor bancário. Os analistas da XP reiteram a recomendação de compra com preço-alvo de R$ 42 para o fim de 2024, o número equivale a uma potencial alta de 29,6% na comparação com o fechamento de segunda-feira (6).
“O banco continua a compensar o menor crescimento da carteira com melhores spreads. Na frente de despesas não relacionadas a juros, o banco mantém uma trajetória positiva, alcançando seu melhor índice de eficiência de 38,3%. Temos o Itaú como a nossa top pick do setor”, salientam os analistas da XP.
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Já os analistas da Genial comentam que o Itaú teve mais um trimestre consistente e por isso, eles recomendam compra para o papel com preço-alvo de R$ 40,60, uma alta de 25,3% na comparação com o fechamento de segunda-feira (6). Parte dessa recomendação está atrelada a distribuição de dividendos.
Segundo a Genial, o Itaú deve pagar 7,8% do valor de sua ação em dividendos (dividend yield). Na visão dos especialistas, isso deve acontecer devido ao crescimento do capital do banco. O índice de basileia ficou em 14,5%, 1 ponto porcentual acima do mesmo período do ano passado. “O banco deve aumentar o payout esse ano para distribuir o excesso de capital que vem acumulado. Somente neste trimestre, o Itaú adicionou 20 bps em capital principal organicamente”, argumentam Nishio, Biondo e Oller.
