Poucos dias após bater seu recorde histórico e ultrapassar os 141 mil pontos, o Ibovespa mudou de rumo no mês. Trump anunciou seu tarifaço ao Brasil, o que poderia afetar diferentes exportadoras do País. Inicialmente, ele deu um prazo até 1º de agosto para que a nova taxa voltasse a valer.
Depois de quase 20 dias de espera, no fim de julho, o governo dos Estados Unidos oficializou a tarifa de 50%, mas colocou quase 700 mercadorias em uma lista de exceção, além de prorrogar o prazo de início da taxa para 6 de agosto. A notícia deu alívio momentâneo à Bolsa brasileira, com o Ibovespa subindo 0,95% no dia do anúncio.
Para a equipe do Itaú BBA, será importante se manter atento aos próximos passos da negociação. “Daqui para frente, embora boa parte do receio envolvendo as relações comerciais entre Brasil e EUA tenha sido amenizada, acreditamos que o assunto seguirá trazendo volatilidade, sobrepondo-se às temáticas domésticas”, afirma a instituição, em relatório.
A Ágora Investimentos acredita ser difícil prever o movimento da Bolsa no curto prazo. Sem uma solução para o problema das tarifas, fica complexo antecipar se haverá retaliação brasileira ou, eventualmente, novas sanções americanas – hipóteses que provavelmente levariam a uma nova onda de aversão ao risco.
O cenário base da corretora é de que, em algum momento, existirá alguma racionalidade nas tratativas comerciais, e, possivelmente, em 6 a 12 meses, essa discussão pode ser um tema passado. “Neste contexto, acreditamos que surgem boas oportunidades para alocação em Bolsa e o valuation descontado das ações reforça essa ideia”, destaca.
Nos próximos meses, virão à tona temas como a possibilidade de um ciclo de corte de juros em 2026 e as discussões eleitorais, fatores que podem servir como um catalisador para que investidores aumentem o otimismo com ações no Brasil.
As melhores ações para se proteger agora
O papel mais presente nas carteiras recomendadas de bancos e corretoras é o do Itaú (ITUB4), com seis menções. Quem também se destaca são Sabesp (SBSP3), Prio (PRIO3) e Copel (CPLE6), cada uma com quatro indicações.
A Planner acrescentou Itaú em sua carteira de agosto, relembrando que o banco reportou um resultado consistente no primeiro trimestre de 2025, com inadimplência contida. Para o próximo balanço, a corretora espera um lucro líquido de R$ 11,3 bilhões, com Retorno sobre o Patrimônio Médio (ROAE) de 22,8%.
“Sua estratégia permanece centrada no controle das despesas e da inadimplência, expansão das margens, na busca por maior eficiência e sólida rentabilidade. Destaque para política de dividendos com um payout (porcentagem do lucro distribuída na forma de dividendos) diferenciado e múltiplos atrativos, abaixo da média histórica”, avalia.
Entre as “queridinhas”, a Sabesp é a mais nova ação presente na carteira do BTG Pactual. O banco destaca que a reestruturação da empresa é um trabalho em andamento, sem motivos para preocupação até o momento. Também considera os resultados trimestrais satisfatórios. “Gostamos das perspectivas de curto e longo prazo da Sabesp. Acreditamos que ela tem oportunidades de alocação de capital e deve ser uma tese de carrego relevante do setor nos próximos anos”, afirma o banco.
Outro papel presente na carteira do banco é o da Prio. O BTG avalia que a empresa está bem posicionada para aumentar os lucros, mesmo em um ambiente de preços do petróleo mais fracos, apoiada ainda pela evolução do campo de Wahoo e pelas sinergias no campo de Peregrino. Embora a alavancagem permaneça relativamente alta após os M&As (fusões e aquisições), a expectativa é que a dívida líquida/EBITDA (lucro antes de juros, impostos depreciação e amortização) caia para menos de 1 vez até 2026, mesmo sob premissas conservadoras para o petróleo Brent.
Por fim, quem também se destaca no ranking é a Copel, uma das principais recomendações da Ágora no setor elétrico. A corretora entende que os fundamentos da companhia ainda não parecem totalmente refletidos no preço das ações. Outro ponto positivo é o fato de a empresa ter aumentando a distribuição dos lucros, elevando o dividend yield (rendimento de dividendos) estimado para cerca de 10% ao ano nos próximos 3 anos.
Ágora Investimentos
A Ágora fez três trocas em sua carteira recomendada para agosto. Saíram Embraer (EMBR3), Multiplan (MULT3) e Suzano (SUZB3), com entrada de Weg (WEGE3), Telefônica Brasil (VIVT3) e Klabin (KLBN11).
Ações |
Direcional (DIRR3) |
Copel (CPLE6) |
BTG Pactual (BPAC11) |
Telefônica Brasil (VIVT3) |
Weg (WEGE3) |
Itaú (ITUB4) |
Klabin (KLBN11) |
Petrobras (PETR4) |
Sabesp (SPSP3) |
Vale (VALE3) |
Andbank
O Andbank não realizou mudanças em sua carteira.
Ações |
Copel (CPLE6) |
JBS (JBSS32) |
Itaú (ITUB4) |
Prio (PRIO3) |
Sabesp (SBSP3) |
BB Investimentos
O BB mudou a sua carteira por completo para agosto. Saíram Engie (EGIE3), Embraer (EMBR3), Marcopolo (POMO4), RD Saúde (RADL3) e Telefônica Brasil (VIVT3), com entrada de Fleury (FLRY3), GPA (PCAR3), Petrobras (PETR4), São Martinho (SMTO3) e Suzano (SUZB3).
Ações |
Fleury (FLRY3) |
GPA (PCAR3) |
Petrobras (PETR4) |
São Martinho (SMTO3) |
Suzano (SUZB3) |
BTG Pactual
O BTG fez quatro alterações em sua carteira recomendada de ações para agosto. Ele incluiu Sabesp (SBSP3), Motiva (MOTV3), Multiplan (MULT3) e Vibra (VBBR3), no lugar de Copel (CPLE6), Rumo (RAIL3), Cyrela (CYRE3) e Cosan (CSAN3), respectivamente.
Ações |
Itaú (ITUB4) |
Sabesp (SBSP3) |
Nubank (ROXO34) |
Rede D’Or (RDOR3) |
Equatorial (EQTL3) |
Multiplan (MULT3) |
Prio (PRIO3) |
Motiva (MOTV3) |
Smartfit (SMFT3) |
Vibra (VBBR3) |
Empiricus
A Empiricus não fez nenhuma alteração em sua carteira para agosto.
Ações |
Suzano (SUZB3) |
Energisa (ENGI11) |
Itaú (ITUB4) |
Localiza (RENT3) |
Iguatemi (IGTI11) |
Eletrobras (ELET6) |
Cosan (CSAN3) |
Porto Seguro (PSSA3) |
Petrobras (PETR4) |
Grupo SBF (SBFG3) |
Genial Investimentos
Em relação ao mês de julho, saíram as ações do Bradesco (BBDC4), BTG Pactual (BPAC11), Fras-le (FRAS3), Tenda (TEND3) e Três Tentos (TTEN3), com inclusão dos papéis da Alupar (ALUP11), CPFL Energia (CPFE3), Isa Energia (ISAE4), Lavvi (LAVV3) e Unipar (UNIP6).
Ações |
Alupar (ALUP11) |
CPFL Energia (CPFE3) |
Cemig (CMIG4) |
Copel (CPLE6) |
Isa Energia (ISAE4) |
Neoenergia (NEOE3) |
Sanepar (SAPR11) |
Lavvi (LAVV3) |
SLC Agricola (SLCE3) |
Unipar (UNIP6) |
Itaú BBA
O Itaú BBA não fez nenhuma troca em sua carteira para agosto.
Ações |
Copel (CPLE6) |
Prio (PRIO3) |
Vibra (VBBR3) |
Bradesco (BBDC4) |
Marcopolo (POMO4) |
Planner
A Planner realizou três alterações em seu portfólio. Entraram na carteira as ações do Itaú (ITUB4), Sabesp (SBSP3) e Telefônica Brasil (VIVT3), enquanto os papéis do Banco do Brasil (BBAS3), Grendene (GRND3) e Weg (WEGE3) saíram.
Ações |
Itaú (ITUB4) |
CSU (CSUD3) |
Eztec (EZTC3) |
Sabesp (SBSP3) |
Fleury (FLRY3) |
SLC Agrícola (SLCE3) |
Telefônica Brasil (VIVT3) |
BB Seguridade (BBSE3) |
Log (LOGG3) |
Taesa (TAEE11) |
Santander
O Santander não mexeu na composição do seu portfólio para este mês.
Ações |
Itaú (ITUB4) |
Cyrela (CYRE3) |
Lojas Renner (LREN3) |
Multiplan (MULT3) |
Petrobras (PETR3) |
Rede D’Or (RDOR3) |
Sabesp (SBSP3) |
Totvs (TOTS3) |
XP (XPBR31) |
Vale (VALE3) |
Weg (WEGE3) |
Terra Investimentos
A Terra fez uma mudança na carteira recomendada de ações para agosto. A corretora retirou os papéis da Motiva (MOTV3) e incluiu os ativos da Telefônica Brasil (VIVT3).
Ações |
Vale (VALE3) |
Gerdau (GGBR4) |
Cosan (CSAN3) |
Motiva (MOTV3) |
Vibra (VBBR3) |
Prio (PRIO3) |
Klabin (KLBN11) |
JBS (JBSS32) |
Eletrobras (ELET3) |
Weg (WEGE3) |