No início de abril, o republicano estabeleceu uma taxa mínima de 10% a todos os parceiros comerciais dos EUA, além de tarifas “recíprocas” de dois dígitos a outros países. Uma semana depois do anúncio do tarifaço, no entanto, Trump voltou atrás e disse que interromperia a implementação de suas taxas recíprocas por 90 dias, citando novas negociações com parceiros comerciais. A tarifa mínima de 10%, porém, continuou em vigor.
O Brasil foi enquadrado justamente nessa taxa mais baixa, o que favoreceu o mercado brasileiro. “Em cenários de menor crescimento econômico, países emergentes enfrentam ventos contrários, como demonstram as quedas no petróleo e no minério de ferro. No entanto, o Brasil tem se mostrado relativamente menos impactado. Assim como em 2018 e 2019, podemos nos beneficiar do deslocamento da demanda chinesa dos Estados Unidos para produtos brasileiros, como a soja”, destaca a Ágora Investimentos, em relatório.
Ao anunciar a pausa nas tarifas recíprocas, Trump seguiu um caminho contrário com a China e aumentou as taxas aplicadas sobre o país asiático – medida que foi prontamente retaliada pela segunda maior economia do mundo. Nas últimas semanas, no entanto, surgiram sinais de um possível alívio nas tensões entre as duas potências.
Trump chegou a afirmar que as tarifas de 145% sobre a China são “muito altas” e que as taxas devem “cair bastante, mas não serão zero”. Em entrevista publicada pela revista Times em 25 de abril, também disse ter conversado por telefone com o presidente chinês, Xi Jinping, sobre as tarifas. A China, porém, negou ter realizando consultas ou negociações sobre a questão tarifária.
Mesmo sem avanços concretos, as sinalizações do líder americano sobre um possível acordo ajudaram o Ibovespa a completar sete sessões seguidas de alta em abril.
As melhores ações para investir em maio
O E-Investidor consultou oito corretoras e bancos para verificar as suas carteiras de ações recomendadas para maio. Quem se destacou nas citações dos analistas foi o Itaú (ITUB4), presente em cinco portfólios.
O Andbank entende que a empresa deverá entregar no primeiro trimestre de 2025 um bom resultado, com destaque para o Retorno sobre Patrimônio (ROE), que pode ficar em torno de 20%, com inadimplência controlada. “A empresa também vem melhorando o pagamento de dividendos desde 2024”, ressalta a casa.
Para a Terra Investimentos, a companhia se destaca pelo crescimento consistente no lucro líquido, refletindo uma gestão eficiente e uma forte capacidade de geração de receitas. “Com um valuation que sugere potencial de valorização, a recomendação é de compra, destacando a posição do Itaú como uma escolha sólida para investidores”, ressalta a corretora, que tem preço-alvo de R$ 43 para as ações.
Outro papel que se destacou nas carteiras de bancos e corretoras foi o da Copel (CPLE6), citado por três casas. “Em maio, a empresa publicará seus resultados do primeiro trimestre de 2025 e anunciará sua nova política de estrutura de capital, que abordará diretamente seu potencial de pagamento de dividendos, que deve estar entre os mais altos em nossa cobertura”, destaca a Ágora.
Quem completa o pódio de preferências é a Eletrobras (ELET6), mencionada por três bancos e corretoras. No final de abril, a Assembleia Geral Extraordinária (AGE) da empresa aprovou o acordo de conciliação entre a ex-estatal e a União, que encerra uma disputa do governo por maior voz dentro da companhia. “Acreditamos que este é um passo positivo para finalmente resolver essa questão e permitir que os investidores se concentrem apenas nos fundamentos da Eletrobras”, afirma a Ágora.
Localiza (RENT3), Cosan (CSAN3), Iguatemi (IGTI11), Porto Seguro (PSSA3), Rede D’Or (RDOR3), Sabesp (SBSP3), JBS (JBSS3), Cury (CURY3), BTG Pactual (BPAC11), Embraer (EMBR3), BB Seguridade (BBSE3), Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) também se destacaram entre as preferências dos analistas, cada uma com duas indicações.
Confira a seguir as carteiras de ações recomendadas para maio:
Ágora Investimentos
A Ágora fez uma modificação em sua carteira recomendada para maio. A corretora retirou as ações do Assaí (ASAI3) e incluiu os papéis da Multiplan (MULT3).
Ações |
Eletrobras (ELET6) |
Copel (CPLE6) |
BTG Pactual (BPAC11) |
Multiplan (MULT3) |
Embraer (EMBR3) |
Itaú (ITUB4) |
JBS (JBSS3) |
Petrobras (PETR4) |
Sabesp (SPSP3) |
Vale (VALE3) |
Andbank
O Andbank realizou uma troca em sua carteira recomendada de ações, retirando os papéis do Banco do Brasil (BBAS3) e acrescentando os ativos da Copel (CPLE6).
Ações |
Copel (CPLE6) |
BB Seguridade (BBSE3) |
Itaú (ITUB4) |
Rumo (RAIL3) |
Sabesp (SBSP3) |
Ativa Investimentos
A Ativa fez uma troca em sua carteira recomendada de ações. A corretora retirou os papéis da Localiza (RENT3) e incluiu os da Rede D’Or (RDOR3).
Ações |
BTG Pactual (BPAC11) |
Eletrobras (ELET6) |
Rede D’Or (RDOR3) |
Sabesp (SBSP3) |
Tim (TIMS3) |
BB Investimentos
O BB mudou sua carteira por completo para maio. Saíram Bradesco (BBDC4), Bradespar (BRAP4), Magazine Luiza (MGLU3), Petrobras (PETR3) e Prio (PRIO3), com entrada de CCR (CCRO3), Copel (CPLE6), Itaú (ITUB4), Porto Seguro (PSSA3) e Rede D’Or (RDOR3).
Ações |
CCR (CCRO3) |
Copel (CPLE6) |
Itaú (ITUB4) |
Porto Seguro (PSSA3) |
Rede D’Or (RDOR3) |
Empiricus
A Empiricus fez duas alterações na carteira recomendada para maio. A corretora retirou os papéis da Direcional (DIRR3) e RD Saúde (RADL3), incluindo os ativos da Cosan (CSAN3) e Grupo SBF (SBFG3).
Ações |
Suzano (SUZB3) |
Equatorial (EQTL3) |
Itaú (ITUB4) |
Localiza (RENT3) |
Iguatemi (IGTI11) |
Eletrobras (ELET6) |
Cosan (CSAN3) |
Porto Seguro (PSSA3) |
Prio (PRIO3) |
Grupo SBF (SBFG3) |
Genial Investimentos
A Genial realizou cinco mudanças em sua carteira. Saíram Brasil Agro (AGRO3), BTG Pactual (BPAC11), Equatorial (EQTL3), Oceanpact (OPCT3) e Santander (SANB11), com entrada de Cemig (CMIG4), Energisa (ENGI11), Irani (RANI3), Localiza (RENT3) e Tenda (TEND3).
Ações |
Engie (EGIE3) |
Cemig (CMIG4) |
Wilson Sons (PORT3) |
Irani (RANI3) |
Cury (CURY3) |
Energisa (ENGI11) |
Sanepar (SAPR11) |
Marfrig (MRFG3) |
Localiza (RENT3) |
Tenda (TEND3) |
PagBank
O PagBank realizou duas modificações em sua carteira de ações. O banco retirou as ações da Weg (WEGE3) e da Eletrobras (ELET6), incluindo os papéis da JBS (JBSS3) e da Cury (CURY3) no lugar.
Ações |
Itaú (ITUB4) |
BB Seguridade (BBSE3) |
JBS (JBSS3) |
Cury (CURY3) |
Embraer (EMBR3) |
Terra Investimentos
Para maio, a Terra realizou três modificações na carteira recomendada de ações. A corretora incluiu os papéis da Vibra (VBBR3), Iguatemi (IGTI11) e Santander (SANB11), retirando Equatorial (EQTL3), CCR (CCRO3) e Telefônica Brasil (VIVT3).
Ações |
Vale (VALE3) |
Gerdau (GGBR4) |
Cosan (CSAN3) |
Vibra (VBBR3) |
Iguatemi (IGTI11) |
Itaú (ITUB4) |
Rede D’Or (RDOR3) |
Petrobras (PETR4) |
Santander (SANB11) |
Lojas Renner (LREN3) |