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Conheça três small caps que pagam bons dividendos na Bolsa brasileira

Empresas com baixo valor de mercado também distribuem proventos generosos aos investidores

Conheça três small caps que pagam bons dividendos na Bolsa brasileira
Empresas com baixo valor de mercado também são opções interessantes para ganhar dividendos. Foto: Envato Elements

Ao falar sobre o pagamento de dividendos robustos, é comum citar nomes de grandes empresas da Bolsa brasileira, como a Petrobras (PETR3;PETR4). Não é para menos, afinal, a petroleira voltou à lista das maiores pagadoras de proventos do mundo, distribuindo US$ 4,1 bilhões apenas no segundo trimestre de 2024. O que muita gente esquece é que também existem boas oportunidades de dividendos com ações de small caps.

As companhias que se enquadram nessa categoria apresentam um baixo valor de mercado – métrica calculada com base no preço das ações de uma empresa multiplicado pelo número de papéis em circulação. São diferentes, portanto, de nomes mais tradicionais da Bolsa de Valores, conhecidas como blue chips, que apresentam papéis de grande liquidez, como a própria Petrobras e a Vale (VALE3).

Quando se trata da busca por boas pagadoras de dividendos, é essencial levar certos fatores em consideração. Em relatório, o analista Hugo Cabral, da Nord Research, destacou que os investidores devem procurar empresas com solidez operacional e financeira, além de um bom controle de endividamento. Outro ponto importante é o histórico de distribuição de proventos, que pode ser conferido no site de Relações com Investidores (RI) de cada companhia.

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O analista também elencou três ações atrativas de small caps para ganhar dividendos, todas com valor de mercado abaixo de R$ 6 bilhões. Confira abaixo:

Lavvi (LAVV3)

A empresa com menor capitalização da lista é a Lavvi (LAVV3), que atua na incorporação e construção de empreendimentos imobiliários de alto padrão em São Paulo. A empresa, com um valor de mercado de R$ 1,69 bilhão, trabalha com projetos exclusivos e realiza poucos lançamentos em relação a seus pares. Atualmente, lança em média quatro por ano, sendo um por trimestre.

“Ainda que sejam poucos, e muitas vezes exclusivos, os lançamentos de padrão elevado da companhia permitem a ela uma alta velocidade em suas vendas”, afirma Cabral, da Nord Research.

Ainda de acordo com o analista, a empresa consegue entregar a maior VSO (Venda Sobre Oferta) do mercado de alta renda em São Paulo, tendo registrado o patamar de 53% nos últimos 12 meses. A incorporadora também possui a melhor margem líquida (26%) do segmento em que atua, bem como o maior ROE (retorno sobre o patrimônio líquido), de 21%.

Outro ponto positivo é que a companhia possui mais caixa do que dívida, o que favorece a distribuição de proventos. Seu dividend yield (rendimento via dividendos) está estimado atualmente em 8%, acima da média do mercado.

Petrorecôncavo (RECV3)

A companhia de maior valor de mercado da lista é a Petrorecôncavo (RECV3), que tem uma capitalização de R$ 5,55 bilhões. Especializada na operação, desenvolvimento e revitalização de campos maduros em bacias terrestres de óleo e gás (onshore), a companhia conta atualmente com 57 concessões e 8 blocos exploratórios, em três estados no País – Rio Grande do Norte, Bahia e Sergipe.

Em dois anos, a petroleira mais que dobrou sua produção, aumentando de 12 mil barris diários de óleo equivalente em 2021 para 26 mil barris em 2023. “Esse avanço expressivo de produção refletiu positivamente nos resultados da companhia, saindo de uma geração de caixa livre negativa em 2021 para mais de R$ 600 milhões gerados somente nos primeiros seis meses do ano de 2024”, destaca Cabral.

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Além da forte geração de caixa, a empresa apresenta uma baixa alavancagem e vem reduzindo os investimentos internos nos últimos anos, o que possibilitou a distribuição de proventos que se traduziram em um dividend yield de cerca de 7%.

Valid (VLID3)

A última empresa elencada é a Valid (VLID3), que tem um valor de mercado estimado em R$ 1,91 bilhão. Com quase 70 anos de história, a empresa começou sua operação inicialmente focada na produção de cheques e documentos de segurança. Depois, expandiu os trabalhos para a área de identificação (Valid ID), pagamentos (Valid Pay) e telecomunicações (Valid Mobile).

Em 2020, a companhia iniciou um processo de reestruturação operacional e financeira, que incluiu mudanças na diretoria, readequação das dívidas e venda de ativos não estratégicos, além de um aumento de eficiência. Em menos de quatro anos, a empresa saiu do prejuízo para um lucro atual de mais de R$ 300 milhões, com elevados níveis de rentabilidade.

“Com sua reestruturação praticamente concluída e com aumento de geração de caixa, a Valid voltou a ser uma ótima pagadora de dividendos, distribuindo mais de 50% de seu lucro líquido em forma de proventos aos seus acionistas”, diz Cabral, que contabiliza um dividend yield de 7% para a small cap.