A agenda econômica desta sexta-feira (3) é esvaziada ainda como reflexo do feriado de Ano Novo. Com isso, a liquidez dos negócios deve se manter reduzida, o que torna o mercado financeiro hoje mais suscetível à volatilidade.
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No Brasil, há apenas o resultado do Índice de Preços ao Consumidor (IPC-S) Capitais. Nos Estados Unidos, o Instituto para Gestão da Oferta (ISM) divulga o índice dos gerentes de compras (PMI) industrial de dezembro. O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de Richmond, Tom Barkin, discursa em Fórum de Perspectivas Econômicas, em Maryland.
As incertezas quanto ao ritmo de crescimento da China seguem no radar dos investidores em todo o mundo, enquanto o país elabora novas medidas de estímulo.
Confira os 3 destaques do mercado financeiro hoje
Bolsas internacionais
O sentimento é predominantemente negativo nas bolsas da Europa e da Ásia nesta sexta-feira, em reflexo das preocupações com o ritmo das economias locais e também da chinesa.
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Desde o dado industrial chinês abaixo do esperado, na quinta-feira (2), há perdas relacionadas a países e empresas que dependem do comércio com o gigante asiático.
Já os futuros das bolsas de Nova York avançam, indicando a possibilidade de recuperação das perdas recentes. A ação da U.S. Steel despencava mais de 7% no pré-mercado, após notícias de que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, planeja anunciar nesta sexta-feira o veto à compra da empresa pela japonesa Nippon Steel.
Commodities
O principal contrato de minério de ferro caiu 2,18% em Dalian, na China, e o petróleo cede em torno de 0,40%.
Os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da Vale (VALE3) cediam 0,56% no pré-mercado de Nova York, por volta de 8h05 (de Brasília). Os ADRs da Petrobras (PETR3; PETR4) caíam 0,15%.
Mercado brasileiro
A queda dos preços das commodities deve pesar sobre o Ibovespa hoje, que com custo conseguiu defender na véspera o suporte dos 120 mil pontos. Mas o principal índice da B3 contabiliza perda de 4% em 30 dias, em um ambiente de forte cautela com o quadro fiscal doméstico e juros ascendentes.
O dólar chegou a superar os R$ 6,22 na quinta-feira (2) – relembre aqui -, mas a falta de notícias concretas acabou por deflagrar um movimento de realização de lucros e a divisa terminou o dia em baixa, a R$ 6,16, em um movimento acompanhado de perto pelo mercado futuro de juros.
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A escassez de notícias e o recuo dos retornos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) pode favorecer a continuidade do movimento de alívio no câmbio e nos juros nesta sexta-feira.
E por falar em juros, conforme esperado pelo mercado, o Tesouro Nacional alterou o formato dos cronogramas dos leilões de títulos públicos para 2025. Em vez da periodicidade anual que prevaleceu em 2024, a instituição retomou o formato trimestral, o que pode repercutir no mercado financeiro hoje.
* Com informações do Broadcast