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Mercado financeiro hoje reage às novas políticas de Trump; petróleo tomba e dólar se fortalece ante rivais

A percepção de que o tarifaço de Trump pode ser gradual traz alívio ao mercado brasileiro

Mercado financeiro hoje reage às novas políticas de Trump; petróleo tomba e dólar se fortalece ante rivais
Mercado financeiro. Imagem: Adobe Stock

O mercado financeiro desta terça-feira (21) acompanha o Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, além de balanços nos EUA, como o da Netflix (NFLX34). Na Europa, a ministra das Finanças, Rachel Reeves participa de audiência no Parlamento sob um cenário de cautela fiscal no país.

Na agenda econômica doméstica, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúne com ministro para tratar sobre a presidência da COP-30 e tem encontro com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad à tarde.

O presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, participa de reunião, por videoconferência, com o secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Marcos Pinto.

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Além disso, o BC inicia a rolagem de swap cambial (derivativo financeiro que promove simultaneamente a troca de taxas com o objetivo de proteger o investidor contra variações excessivas) de março, com leilão de até 15 mil contratos (US$ 750 milhões) nesta manhã.

O Tesouro realiza leilão de títulos pós-fixados, com venda de Notas do Tesouro Nacional – Série B (NTN-B, títulos públicos com rendimento atrelado à inflação) e de Letra Financeira do Tesouro (LFT, título pós-fixado com rentabilidade atrelada à taxa de juros).

Confira os 3 assuntos que movimentam o mercado financeiro hoje

Bolsas internacionais

O apetite por ativos de risco prevalece, após o feriado nos EUA e o início do segundo mandato de Donald Trump, devido a ordens executivas mais moderadas do que o esperado.

Na Europa, as bolsas operam de forma mista, com Londres avançando moderadamente devido a dados de emprego. Os futuros das bolsas de Nova York sobem e juros dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) caem.

O Danske Bank prevê mais espaço para queda nos rendimentos e cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) entre 2025 e 2026.

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O dólar avança frente a moedas fortes e, entre as emergentes, se destaca ante dólar canadense e peso mexicano, após o anúncio de tarifas de 25% sobre importações do Canadá e México a partir de 1º de fevereiro. O governo canadense disse que o país está pronto para reagir. A Eurasia alerta para uma possível guerra comercial e maior desconexão econômica global.

Commodities

O petróleo amplia perdas em meio a preocupações com a oferta global e políticas de Trump, que devem aumentar a produção nos EUA, mas impor sanções a outros países. O barril de WTI cedia 2,62% e o Brent 1,70% por volta das 8h05 (de Brasília).

Já o minério de ferro fechou em alta de 0,56%, cotado a 804,5 yuans por tonelada, o equivalente a US$ 110,17 nos mercados de Dalian, na China.

Os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da Vale (VALE3) ganhavam 0,56% com a alta do minério, enquanto o ADR da Petrobras (PETR3; PETR4) subia 0,22%, apesar do petróleo fraco.

Mercado brasileiro

O Ibovespa hoje tende a subir, conforme indica o EWZ, principal fundo de índice (ETF, fundo de investimento negociado na Bolsa de Valores como se fosse uma ação) brasileiro negociado em Nova York, que avançava 1,23% no pré-mercado perto das 8 horas.

A percepção de que o tarifaço de Trump pode ser gradual e a falta de sinais de que o Brasil esteja na mira neste momento abrem espaço para alívio.

Os juros futuros podem se beneficiar da queda dos rendimentos dos Treasuries, mas o mercado de câmbio pode subir em manhã de pressão de baixa sobre moedas emergentes e ligadas a commodities, como peso mexicano.

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O mercado financeiro hoje deve monitorar ainda as reuniões do presidente Lula com ministros. O titular da Fazenda, Fernando Haddad, disse a seus colegas do primeiro escalão, na segunda-feira (20), que as contas públicas estão sob controle e apresentou metas, incluindo isenção de Imposto de Renda (IRPF) a até R$ 5 mil, durante a reunião ministerial.

* Com informações do Broadcast