PIB brasileiro está entre os destaques do mercado financeiro hoje; veja o que mais acompanhar. (Foto: Adobe Stock)
A agenda econômica desta sexta-feira (30) traz como destaques o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro do primeiro trimestre e o resultado primário do setor público consolidado de abril. No exterior, o mercado financeiro hoje acompanha a inflação dos Estados Unidos medida pelo Índice de Preços para Gastos de Consumo Pessoal (PCE) e o índice de sentimento do consumidor americano, da Universidade de Michigan.
Ainda na agenda econômica hoje, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai lançar o programa Mais Especialistas, que busca reduzir a fila de espera por médicos especializados no Sistema Único de Saúde (SUS).
Mercado financeiro hoje: os destaques desta sexta-feira (30)
Exterior digere incertezas sob tarifas antes do PCE
As incertezas geradas pela disputa jurídica em torno das tarifas do presidente dos EUA, Donald Trump, deixam investidores preocupados, e os índices de ações do Ocidente operam com sinais divergentes.
Em Nova York, os futuros têm viés de baixa, enquanto as bolsas europeias buscam recuperação após perdas recentes. Já na Ásia, o tom negativo direcionou os mercados acionários no fechamento da sessão desta sexta-feira, influenciados ainda pela falta de sinais de avanços nas conversas tarifárias sino-americanas.
Investidores aguardam o índice de preços PCE de abril — medida de inflação predileta do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) —, além das falas de dirigentes da autoridade monetária americana.
Após a Justiça barrar as tarifas de Trump a vários países na quarta-feira (28), ontem a Corte de Apelações para o Circuito Federal dos EUA suspendeu temporariamente a decisão. Já o Tribunal Distrital de Columbia considerou o tarifaço ilegal.
Enquanto isso, o dólar hoje recupera parte das perdas recentes em relação ao euro e à libra. Os rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) operam em baixa, mas os longos têm viés de alta.
PIB do Brasil cresce no 1º trimestre
O PIB brasileiro registrou alta de 1,4% no primeiro trimestre de 2025 ante o quarto trimestre de 2024, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado veio abaixo da mediana das estimativas do mercado financeiro, que eram de avanço de 1,5%, com intervalo entre 0,4% e 1,8%, segundo o Projeções Broadcast. Na comparação com o primeiro trimestre de 2024, o PIB apresentou alta de 2,9% no primeiro trimestre de 2025, também abaixo da mediana do mercado, de 3,2%. As estimativas variavam de 2,8% a 4,6%. Ainda segundo o instituto, o PIB do primeiro trimestre de 2025 totalizou R$ 3 trilhões.
Commodities: petróleo avança, minério recua
O petróleoavança, revertendo parte das perdas de quinta-feira (29), em meio a expectativas de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) anuncie um novo aumento significativo em sua oferta neste sábado (31). Nesta manhã, o barril do petróleo WTI para julho avançava 0,77%, enquanto o do Brent para agosto subia 0,66%.
Entre as commodities hoje, o minério de ferro fechou em queda de 0,43%, cotado a 702 yuans por tonelada, o equivalente a US$ 97,69 em Dalian, na China.
ADRs da Vale e Petrobras: como estão?
Os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da Vale(VALE3) mostravam estabilidade no pré-mercado de Nova York nesta manhã. Já os ADRs da Petrobras (PETR3; PETR4) subiam 0,60%.
O que esperar do Ibovespa hoje?
O viés de baixa dos índices futuros em Nova York e do minério de ferro na China podem empurrar o Ibovespa hoje para baixo neste último pregão de maio. No entanto, o petróleo em alta e a expectativa de um PIB forte no primeiro trimestre são contrapontos.
Nesta manhã, o EWZ, principal fundo de índice (ETF, fundo de investimento negociado em bolsa de valores como se fosse uma ação) brasileiro negociado em Nova York tem elevação discreta.
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No câmbio, a disputa pela formação da Ptax (taxa de referência para as operações de câmbio no mercado financeiro) de final de mês pode gerar volatilidade, assim como as incertezas relacionadas ao aumento doImposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Fica no radar do mercado financeiro hoje ainda o resultado primário do setor público de abril, que apresentou um superávit de R$ 14,150 bilhões, após saldo positivo de R$ 3,588 bilhões em março, segundo dados do Banco Central (BC) divulgados esta manhã.