

A agenda econômica desta quarta-feira (16) traz dados de vendas do varejo e produção industrial em março nos Estados Unidos. No Brasil, estão previstos a segunda prévia do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de abril, e os dados semanais da balança comercial.
Ainda na agenda econômica hoje, o ministro das Cidades, Jader Filho, concede entrevista ao programa de rádio ‘Bom Dia, Ministro’, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa ao vivo do programa Sem Censura, da TV Brasil.
No exterior, o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, discursa, além do diretor Michael Barr; da presidente do Fed de Cleveland, Beth Hammack; e dos presidentes do Fed de Kansas City, Jeff Schmid, e do Fed de Dallas, Lorie Logan. O Banco Central do Canadá anuncia decisão de juros nesta quarta-feira.
Mercado financeiro hoje: o que acompanhar nesta quarta-feira
Embate entre EUA e China limita ânimo nas bolsas internacionais hoje
A instabilidade causada pelas tarifas dos EUA segue minando o mercado global. O presidente Donald Trump sugeriu que países escolham entre os EUA e a China nas negociações comerciais, buscando isolar a economia chinesa. Trump lançou investigação sobre minerais críticos visando possíveis novas tarifas, e o secretário do Tesouro, Scott Bessent, afirmou que nem todos os acordos comerciais serão concluídos em 90 dias.
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O ouro renovou recordes com a busca por ativos seguros, enquanto a maioria das Bolsas asiáticas caiu, mesmo com o Produto Interno Bruto (PIB) chinês crescendo 5,4% no 1º trimestre, acima das expectativas. Em Nova York, os índices futuros recuam, especialmente o Nasdaq, pressionado pelo tombo de 6% nas ações da Nvidia (NVDC34) após novas restrições dos EUA à exportação de chips para a China.
Os rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) e o dólar hoje seguem em queda, com os investidores aguardando também dados econômicos e Powell. Já as Bolsas europeias precificam ainda a desaceleração da inflação anual ao consumidor no Reino Unido e na Zona do Euro.
Relatório de produção da Vale (VALE3)
O mercado financeiro hoje reage aos dados de produção da Vale, divulgados na véspera, com o panorama do primeiro trimestre de 2025. A produção de minério de ferro da Vale caiu 4,5% ante o mesmo período de 2024, alcançando 67,664 milhões de toneladas (Mt).
A empresa relatou que, no Sistema Norte, a produção foi 0,9 mt menor na comparação anual, impactada pelas restrições de licenciamento em Serra Norte, já previstas no plano de produção. O efeito, porém, foi intensificado pelos maiores níveis de chuva. Estes efeitos, diz a companhia, foram parcialmente compensados pelo desempenho operacional do S11D, que atingiu a maior produção para um primeiro trimestre.
Commodities: petróleo avança, minério recua
O petróleo opera em alta, após perdas da sessão anterior, enquanto investidores seguem avaliando o possível impacto da guerra comercial entre EUA e China na economia global e na demanda pela commodity. Às 8h08 (de Brasília), o barril do petróleo WTI para maio subia 0,50%, enquanto o do Brent para junho avançava 0,53%.
Entre as commodities hoje, o minério de ferro fechou em queda de 0,14%, cotado a 708 yuans por tonelada, o equivalente a US$ 96,77 em Dalian, na China.
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Os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da Vale mostravam estabilidade no pré-mercado de Nova York, por volta das 8h10 (de Brasília). Já os ADRs da Petrobras (PETR3; PETR4) subiam 0,98% no mesmo horário.
Expectativas para o Ibovespa hoje
O clima externo negativo tende a contaminar os ativos locais, bem como a queda do minério de ferro adiciona pressão ao Ibovespa hoje e ações da Vale. O EWZ, principal fundo de índice (ETF, fundo de investimento negociado em Bolsa de Valores como se fosse uma ação) brasileiro negociado em Nova York mostrava estabilidade no início da manhã.
O mercado vai repercutir também o projeto da Lei Orçamentária de 2026, enviado ao Congresso, que já ajudou a impulsionar os juros futuros no fim da tarde de terça-feira (14), embora a queda dos retornos dos Treasuries possa amenizar o impacto.
O dólar mais fraco, em meio à valorização do petróleo e aos dados positivos da economia chinesa, tende a aliviar a abertura no mercado de câmbio, mas as incertezas sobre tarifas e o cenário fiscal doméstico podem pressionar também o real no mercado financeiro hoje.
* Com informações do Broadcast
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