

A agenda econômica no mercado financeiro hoje traz o discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de Nova York, John Williams, em conferência, e o índice de confiança do consumidor na zona do euro. No Brasil, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa do podcast Inteligência Ltda nesta sexta-feira (21).
Ainda na agenda econômica hoje, a XP Private Bank promove evento sobre economia e sustentabilidade em Miami, com palestra do ex-presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto.
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reúne-se com o ministro da Defesa, José Múcio, e com o das Relações Exteriores, Mauro Vieira. Além disso, a Receita pode divulgar a arrecadação federal de fevereiro, ainda sem confirmação.
Mercado financeiro hoje: o que fica no radar nesta sexta-feira
Cautela global: como os mercados reagem às tarifas de Trump
Os índices futuros de Nova York e os juros dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) recuam devido a temores sobre os impactos econômicos da guerra comercial do presidente dos EUA, Donald Trump. As tarifas recíprocas do país sobre importações globais entram em vigor no próximo dia 2.
A União Europeia adiou até meados de abril a possível imposição de retaliações contra as tarifas de Trump, que já aumentaram a taxação sobre todas as importações de aço e alumínio para 25%.
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Na Europa, as bolsas voltam a cair, pressionadas por ações de empresas do setor de viagens, após o fechamento temporário do Aeroporto de Heathrow, em Londres, devido a um incêndio em uma subestação elétrica que abastece o terminal. A ação do International Airlines Group (IAG), controlador da British Airways, recuava 2,2%.
A Câmara Alta do Parlamento da Alemanha aprovou a reforma para ampliar o endividamento público. Em uma semana marcada por diversas decisões de taxas, o banco central da Rússia decidiu manter sua em 21% ao ano, seguindo a decisão do Federal Reserve sobre os juros dos EUA.
O dólar hoje opera em alta frente a outras moedas de economias desenvolvidas, após uma semana marcada por decisões de juros.
Commodities e ADRs pressionam o Ibovespa hoje
O petróleo opera em baixa, interrompendo quase duas semanas seguidas de ganhos por tensões renovadas no Oriente Médio, mais sanções dos EUA ao Irã e um novo plano da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para sete de seus integrantes reduzirem a produção. No início da manhã, o barril do petróleo WTI para maio caía 0,26%, enquanto o do Brent para o mesmo mês cedia 0,27%.
Entre as commodities hoje, o minério de ferro fechou em queda de 0,33%, cotado a 757,5 yuans por tonelada, o equivalente a US$ 104,5 nos mercados de Dalian, na China.
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Os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da Vale (VALE3) recuavam 0,89% no pré-mercado de Nova York, por volta das 8h13 (de Brasília). Já os ADRs da Petrobras (PETR3; PETR4) cediam 0,57% no mesmo horário.
O que esperar do Ibovespa hoje?
Os ativos devem refletir a cautela externa e, no Ibovespa hoje, o vencimento de opções pode aumentar a volatilidade. O EWZ, principal fundo de índice (ETF, fundo de investimento negociado na Bolsa de Valores como se fosse uma ação) brasileiro negociado em Nova York, caía 0,49% no pré-mercado nesta manhã de sexta-feira.
A fraqueza dos Treasuries pode aliviar a curva de juros, após a alta decorrente da sinalização de um novo aumento da Selic. O dólar tende a subir, mas de forma limitada, devido ao custo elevado de manter posições compradas na moeda americana, o que tem estimulado o apetite pelo carry trade (mecanismo utilizado para tentar obter lucros com base na diferença entre a taxa de juros de dois países).
Após o Congresso aprovar o orçamento deste ano, que segue para sanção presidencial, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu a reforma da renda e se mostrou otimista sobre a aprovação da taxação dos mais ricos para compensar a isenção do Imposto de Renda até R$ 5 mil até o fim do ano, desde que haja compensação.
Haddad prevê que o Brasil sofrerá consequências das políticas de Trump, pois os EUA já criaram conflitos com várias outras nações, e o país não deve ficar de fora. Esses e outros assuntos ficam no radar do mercado financeiro hoje.
* Com informações do Broadcast
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