

Em meio às incertezas sobre as tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos, o mercado fica de olho nesta segunda-feira (14) em Carrefour (CRFB3), que divulgou as vendas consolidadas do primeiro trimestre de 2025. Além disso, a EzTec (EZTC3) também revelou dados operacionais e a Iguatemi (IGTI11) vendeu fatia em dois shoppings por R$ 500 milhões.
Na agenda, destaque para a divulgação do relatório mensal da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) e para a viagem do Secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, que terá encontros com autoridades argentinas em Buenos Aires. No Brasil, os diretores do Banco Central Diogo Guillen (Política Econômica), Nilton David (Política Monetária) e Renato Dias Gomes (Organização do Sistema Financeiro e de Resolução) participam de duas reuniões trimestrais com economistas, no Rio de Janeiro.
O petróleo operava nesta manhã em alta, com o Brent ganhando 0,94%, cotado a US$ 65,37 por barril, e o WTI avançando 1,02%, a US$ 62,13 por barril, por volta das 8h30 (de Brasília). O minério de ferro subiu 0,28% em Dalian, cotado a US$ 96,8 por tonelada para o mercado futuro de setembro de 2025.
Confira os destaques de empresas do mercado hoje que você precisa saber
Carrefour (CRFB3)
As vendas consolidadas do grupo Carrefour Brasil totalizaram R$ 28,8 bilhões no primeiro trimestre de 2025, o que representa um crescimento de 3,6% ante igual período de 2024. Destaque para o crescimento no conceito mesmas lojas (SSS, na sigla em inglês) que foi de 6,9% no Atacadão e de 2,6% no Carrefour Varejo (ex-gasolina). Já no Sam’s Club as vendas caíram 3,8%.
O Carrefour também informou que foi adiada a Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária (AGOE), convocada inicialmente para 17 de abril, para o dia 29.
EzTec (EZTC3)
No primeiro trimestre de 2025, a Eztec lançou dois empreendimentos, com VGV próprio de R$ 616 milhões. O montante foi 31,9% maior ante igual período de 2024, informou a empresa em suas prévias operacionais.
O Safra considerou os resultados operacionais da EzTec mistos, mas abaixo de suas expectativas. “Por um lado, a empresa apresentou uma atividade de lançamento robusta, que atingiu uma velocidade de vendas sobre oferta (VSO) de lançamento decente de 25%. Por outro lado, números de vendas de estoque abaixo do esperado contribuíram para um VSO trimestral abaixo da média de 12%”, diz o banco em relatório.
Petrobras (PETR4)
O Conselho de Administração da Petrobras elegeu Ricardo Wagner de Araujo, para o cargo de diretor-executivo de Governança e Conformidade (DGC). O prazo de sua gestão irá até 13 de abril de 2027, assim como os demais membros da diretoria executiva.
Além disso, a petroleira também recebeu uma demanda societária, em ação popular, solicitando o afastamento de Cristina Bueno Camatta do cargo de conselheira fiscal, com suspensão da sua respectiva remuneração e devolução dos valores já percebidos.
Eletrobras (ELET3)
A Eletrobras começou a receber pedidos de sua base acionária para adoção do voto múltiplo na eleição de seu novo Conselho, que acontece em assembleia geral no dia 29 de abril. Para que o formato seja adotado, conforme resolução da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), acionistas com mais de 5% dos votos devem formalizar o pedido junto à companhia. O Broadcast apurou que isso ainda não aconteceu.
Cielo (CIEL3)
A Cielo protocolou requerimento de registro automático da oferta de sua oitava emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, da espécie quirografária, em série única, no valor total de R$ 3 bilhões.
Iguatemi (IGTI11)
A administradora de shoppings Iguatemi celebrou, através de sua subsidiária Iguatemi Empresa de Shopping Centers, um memorando de entendimentos vinculante, para a venda de 49% dos empreendimentos Shopping Market Place, Edifício Market Place Towers e Galleria Shopping por R$ 500 milhões.
Vale (VALE3)
A Vale tem cinco dias para fazer depósito judicial de R$ 234 milhões, a fim de manter o Programa de Transferência de Renda (PTR) relativo às vítimas do desastre de Brumadinho. O PTR iria acabar em 2026, com reduções nos valores a partir deste ano, começando em março. Mas, no mês passado, a Justiça mineira determinou que a Vale mantenha os pagamentos integrais até que as pessoas alcancem condições equivalentes às que tinham antes do desastre.