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Mercado hoje: Fórum Mundial de Davos e indicadores econômicos do País movimentam o início da semana

Nos próximos dias o investidor fica de olho no PIB chinês do 4º trimestre de 2023 e em dados da economia dos EUA

Mercado hoje: Fórum Mundial de Davos e indicadores econômicos do País movimentam o início da semana
Operador em frente a painel da Bolsa de Valores (Foto: Shutterstock)

A semana começa com os mercados financeiros estadunidenses fechados pelo feriado do Dia de Martin Luther King, deslocando as atenções para o Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, nesta segunda-feira (15).

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebe o presidente do Paraguai, Santiago Peña, para discutir um novo acordo sobre a divisão da energia produzida pela Usina de Itaipu, enquanto o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, devem se reunir para tratar sobre a medida provisória (MP) da reoneração da folha de pagamentos.

Nos dias seguintes saem os dados de volume de serviços e varejo e o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB).

Entre indicadores internacionais, os holofotes estarão sobre PIB do quarto trimestre da China, vendas no varejo e produção industrial em dezembro no país asiático e nos Estados Unidos, Livro Bege – relatório sobre a atividade econômica – do Federal Reserve (Fed, banco central estadunidense) e nas leituras de inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de países europeus.

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O Banco Central Europeu (BCE) divulgará a ata da decisão monetária de dezembro e a Organização dos países exportadores de petróleo (Opep) o seu relatório mensal. Os bancos americanos Goldman Sachs, Morgan Stanley e a multinacional Alcoa divulgam balanços.

O feriado nos EUA reduz a liquidez nos mercados nesta segunda-feira e as bolsas europeias operam em baixa, enquanto o dólar sobe ante as divisas principais após dados de atividade europeus e diante da queda do petróleo. O PIB da Alemanha encolheu 0,3% em 2023 e, com ajustes, teve queda de 0,1% no ano passado. A produção industrial da zona do euro caiu mais do que o previsto em novembro, na comparação anual.

Os contratos futuros de petróleo recuam, após os rebeldes houthis dispararem um míssil contra um navio militar americano no Mar Vermelho neste domingo. O ataque foi a primeira retaliação do grupo rebelde xiita aliado do Irã desde que os Estados Unidos e o Reino Unido bombardearam instalações do grupo no Iêmen, na sexta-feira (12).

Na Ásia, as bolsas chinesas fecharam sem direção única, após o Banco do Povo (PBoC) chinês contrariar as expectativas de corte e deixar inalteradas as taxas de juros de sua linha de crédito de médio prazo. Para o banco ANZ, a manutenção da taxa de médio prazo “significa que a chance de um corte (da taxa de compulsório bancário) em fevereiro é maior agora”.

Em Taiwan, o índice Taiex avançou 0,19%, após a eleição como presidente, no fim de semana, de Lai Ching-te, que prometeu defender a independência de fato da ilha em relação à China. O ministro das relações exteriores da China, Wang Yi, disse neste domingo que Taiwan “nunca foi e certamente nunca será um país”, relatou a AFP. Os Estados Unidos disseram que pediram a dois ex-funcionários que fossem a Taiwan esta semana para reuniões pós-eleitorais com líderes políticos.

No Brasil

As quedas das bolsas europeias e do petróleo devem pesar no Ibovespa e ações da Petrobras (PETR3; PETR4) em meio à liquidez enxuta com o feriado nos EUA e as expectativas pela reunião entre Haddad e Pacheco sobre a MP da reoneração da folha de pagamentos.

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Haddad retorna das férias e Pacheco vem sendo pressionado por lideranças a devolver para o governo a MP, após a decisão do Congresso no final do ano passado de prorrogar a desoneração da folha até 2027, mas que foi vetado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ministro da Fazenda tenta evitar a devolução da MP e não é descartada a possibilidade de a matéria ser retirada pelo governo, que voltaria a tratar do tema por meio de um projeto de lei, segundo o Broadcast Político.

No radar ficam também o relatório Focus e o boletim Prisma Fiscal, com as projeções dos analistas de mercado sobre os indicadores fiscais do setor público, como resultado primário. Em dezembro, o Prisma trouxe uma previsão de déficit primário de R$ 90 bilhões em 2024, enquanto o governo promete entregar um déficit zero neste ano.

O dólar pode acompanhar a valorização externa ante divisas rivais e emergentes ligadas a commodities diante da queda do petróleo e com uma realização de lucros, que pode afetar a curva de juros, após recuo na sexta-feira, quando a divisa americana cedeu aos R$ 4,8575, anotando queda de 0,36% na sessão e 0,30% na semana passado.

Agenda

Os principais indicadores locais previstos na semana são o volume de serviços em novembro, nesta terça-feira (16), o Índice Geral de Preços (IGP-10) de janeiro e as vendas no varejo em novembro, na quarta (17), além do IBC-BR de novembro, na quinta-feira (18).

Nesta segunda-feira, estão programados o Boletim Focus (8h30) e o boletim Prisma Fiscal, com as projeções dos analistas de mercado sobre os indicadores fiscais do setor público, como resultado primário (10h).

O diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, participa de evento do BBVA Corporate e Investment Banking, em Londres e de reunião com investidores na capital britânica, ambos fechados à imprensa. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reúnem-se no fim do dia (18h).

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O Brasil participa de fórum na cidade de Zurique, na sexta-feira (19), promovido pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide), reunindo autoridades e empresários brasileiros.

Com o feriado nos EUA, o Fórum Econômico Mundial de Davos concentra as atenções no exterior nesta segunda-feira. O Eurogrupo também se reúne, na Bélgica. Nos próximos dias, os destaques internacionais são o PIB do 4º trimestre da China, na terça, além das vendas no varejo e produção industrial em dezembro no país.

Nos EUA, serão publicados os dados de varejo, indústria e o Livro Bege do Fed, na quarta, quando a Opep divulgará também o seu relatório mensal e o presidente da Argentina, Javier Milei, discursará no Fórum Econômico Mundial.

Na Europa, saem as leituras do CPI de dezembro na Alemanha, na terça, e na Zona do Euro e Reino Unido, na quarta-feira; o BCE divulgará a ata da decisão monetária de dezembro, na quinta-feira.

Estão programados ainda discursos de vários dirigentes do Fed ao longo da semana. Os bancos americanos Goldman Sachs, Morgan Stanley e a mineradora Rio Tinto, no Reino Unido, divulgam balanços na terça-feira; além da multinacional americana Alcoa, e da mineradora chilena Antofagasta, na quarta-feira.

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*Com informação do Broadcast

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