A aprovação do arcabouço fiscal na Câmara é o destaque desta quarta-feira (23), que traz ainda as leituras preliminares dos índices dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) dos setores industrial e de serviços dos Estados Unidos. A Câmara deve votar Medidas Provisórias (MP) do Salário Mínimo e da correção da tabela do IR. O presidente Lula e ministro da Fazenda, Fernando Haddad, têm compromissos relativos ao encontro dos BRICS, na África do Sul.
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As bolsas europeias operam no azul nesta manhã, apesar de uma série de PMIs fracos na região, mas a Bolsa de Frankfurt reduziu ganhos e o euro euro atingiu mínimas no dia frente ao dólar após o PMI composto da Alemanha recuar a 44,7, na mínima em 39 meses e mais distante da marca de 50, que separa contração da expansão.
Já o PMI da zona do euro recuou de 48,6 em julho a 47,0 na prévia de agosto, na mínima em 33 meses, e abaixo das estimativas de analistas, de 48,5. No Reino Unido, o PMI composto caiu de 50,8 em julho a 47,9 na leitura prévia de agosto, na mínima em 31 meses, também abaixo do esperado (50,3).
A Capital Economics afirma que os números dos PMIs da Alemanha e zona do euro são consistentes com a visão da consultoria de que a zona do euro sofrerá contração econômica no terceiro trimestre, enquanto a pressão subjacente sobre os preços “continuará muito forte”.
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Os futuros de Nova York também registram alta antes dos PMIs do país e com os investidores em compasso de espera por discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, nesta sexta-feira em Jackson Hole.
No Brasil
O andamento da pauta econômica no Congresso com a aprovação do arcabouço fiscal e o sinal positivo dos futuros de Nova York devem dar fôlego ao Ibovespa, enquanto o dólar pode recuar e ajudar no alívio na curva de juros em meio ainda ao recuo dos rendimentos dos Treasuries. O EWZ, como é conhecido o maior fundo de índice ligado ao Brasil, com patrimônio de US$ 5,568 bilhões, tinha alta de 0,67% mais cedo no mercado futuro em NY.
O texto do arcabouço vai substituir o atual modelo de teto de gastos na definição das regras para o crescimento das despesas federais. O documento, que teve 379 votos a favor e 64 contra, segue agora para a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
E o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, confirmou ontem à noite que o governo editará uma medida provisória prevendo a tributação de fundos exclusivos, para funcionar como fonte de compensação da atualização da tabela do Imposto de Renda.
Já a Fazenda irá enviar um projeto de lei ao Congresso sobre a taxação de offshore, já que os parlamentares decidiram não votar essa regra na MP do Salário Mínimo, que precisa ser deliberada até a próxima segunda-feira, 28
Agenda
A agenda desta quarta-feira traz as leituras preliminares dos índices dos gerentes de compras (PMIs) dos setores industrial e de serviços dos Estados Unidos (10h45), além das vendas de moradias novas (11h00).
O secretário extraordinário da Reforma Tributária, Bernard Appy, participa da 24ª Conferência Anual do Santander (9h00), a CAE do Senado vota projeto de lei do Carf (13h00) e a Câmara deve votar MPs do Salário Mínimo e da correção da tabela do IR (14h00).
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O presidente Lula e ministro da Fazenda, Fernando Haddad, têm compromissos relativos ao encontro dos BRICS, na África do Sul.
*Com informação do Broadcast
