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Mercado hoje: inflação no Brasil, prévia do Ibovespa e dados de EUA e Europa são destaques desta segunda. Confira também a agenda da semana

Tom é positivo na volta do feriado em Nova York, enquanto as bolsas europeias permanecem fechadas após a Páscoa

Mercado hoje: inflação no Brasil, prévia do Ibovespa e dados de EUA e Europa são destaques desta segunda. Confira também a agenda da semana
Painel do Ibovespa (Foto: Werther Santana/Estadão)

As atenções na semana no Brasil se voltam para dados industriais e de inflação, como o Índice de Preços ao Consumidor, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), e Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), conta corrente, Investimentos Diretos no País (IDP) e do setor público consolidado.

No exterior, os resultados de índices dos gerentes de compras (PMIs, dados de atividade econômica) de março de países europeus e dos EUA e, principalmente, o relatório do mercado de trabalho americano, o payroll, têm potencial para influenciar as perspectivas para a política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).

O tom é positivo na volta do feriado de sexta em Nova York, enquanto as bolsas europeias permanecem fechadas após a Páscoa. Depois do S&P 500 e Dow Jones renovarem máximas históricas na última quinta-feira (28), os índices futuros de Nova York iniciam o segundo trimestre do ano com ganhos moderados, enquanto o dólar oscila perto da estabilidade frente outras moedas relevantes, precificando os dados da inflação do Índice de Preços para Gastos de Consumo Pessoal (PCE, na sigla em inglês) dos EUA e discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, ambos na sexta-feira (29).

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O PCE dos EUA avançou 0,3% em fevereiro ante janeiro, abaixo da previsão de alta de 0,4%, e o núcleo, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, subiu 0,3% no mesmo período, em linha com a projeção. Na comparação anual, o PCE avançou 2,5% em fevereiro, ante 2,4% em janeiro, e o núcleo subiu 2,8%, ante 2,9% revisado.

Os dados alimentam esperanças de que o Fed deve começar a reduzir juros a partir de junho. Powell afirmou que dependerá exclusivamente dos dados e do desempenho da economia a definição sobre o momento para cortes de juros e não de calendários políticos, alertando que o Fed pode, inclusive, estender o período de manutenção da política restritiva, se não houver progresso na redução da inflação.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que o trabalho para reduzir a inflação americana não está concluído, mas destacou que o PCE de fevereiro indica um “verdadeiro progresso” ao alcançar o menor nível em quase três anos.

Na China, as bolsas subiram nesta segunda-feira (1º) reagindo aos últimos PMIs industriais acima das expectativas. O oficial aumentou para 50,8 em março, apontando a primeira expansão na manufatura após cinco meses de contração, enquanto a leitura da S&P Global/Caixin subiu para 51,1 no mês passado, atingindo o maior patamar desde fevereiro de 2023.

Agenda da semana no Brasil

O Ibovespa pode se beneficiar do tom positivo em Nova York e também da alta de 2,61% do minério de ferro na China, que deve apoiar também as ações da Vale (VALE3) em meio à notícia de que a busca por novo presidente para a mineradora já começou.

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Os sinais mistos dos rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) de 2 anos em leve queda e do T-Bond 30 anos em ligeira alta podem limitar o desempenho dos juros futuros bem como a lateralidade do dólar frente pares rivais e divisas emergentes tende a limitar o vaivém no mercado de câmbio, após altas na quinta-feira (28), fim do primeiro trimestre.

No Congresso, essa semana deve ser esvaziada, com muitos parlamentares emendando o feriadão com o prazo final da janela partidária para acompanhar em suas bases eleitorais as novas filiações que devem ocorrer em seus partidos. Com isso, os trabalhos na Câmara e no Senado devem seguir em ritmo lento.

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, afirmou estar otimista com a meta de zerar o déficit fiscal neste ano, “até mais otimista” do que estava no ano passado, comentou em entrevista à CNN Brasil transmitida no sábado. Tebet também disse que o Banco Central (BC) não pode considerar 9% ao ano como o nível mínimo para a taxa básica de juros, a Selic, em 2024.

O novo líder do PT na Câmara, deputado Odair Cunha (MG), enviou um claro recado aos pares: a bancada precisa apoiar a meta fiscal definida pelo governo.

Agenda

Nesta segunda-feira (1º), serão divulgados o IPC-S de março (8h), para o qual a mediana das estimativas do mercado indica arrefecimento a 0,13%, após alta de 0,55% em fevereiro. O PMI industrial do Brasil também está programado hoje (10h).

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No setor corporativo, a B3 divulga a primeira prévia da carteira teórica do Ibovespa para maio a agosto de 2024. O IRB Re (11h) e Hapvida (15h) realizam teleconferência dos resultados do quarto trimestre. A Cielo realiza assembleia especial de minoritários (10h). A Marisa Lojas (AMAR3) divulga balanço do quarto trimestre, após o fechamento do mercado.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúne com os ministros Rui Costa (Casa Civil), Fernando Haddad (Fazenda) e Alexandre Silveira, de Minas e Energia. (15h).

Nos próximos dias, estão programados o boletim Focus, na terça-feira (2); a produção industrial de fevereiro e o IPC-Fipe de março, na quarta-feira (3); o fluxo cambial, a balança comercial em março, o saldo da conta corrente e o IDP de fevereiro, na quinta-feira (4); o IGP-DI de abril e os dados do setor público consolidado em fevereiro, na sexta-feira (5).

Os dados de emprego no setor privado dos EUA em março serão publicados na quarta-feira (3), e o relatório oficial do mercado de trabalho, o payroll, na sexta-feira (5).

Nesta segunda-feira, estão programados os PMIs industrial dos EUA em março (10h45 e 11h), investimentos em construção em fevereiro (11h) e a diretora do Fed, Lisa Cook, discursa em evento (19h50). Na terça-feira, saem os PMIs industrial de março de Alemanha, zona do euro e Reino Unido, além da prévia de março da inflação ao consumidor da Alemanha.

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