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Mercado hoje: fala de diretor do BC, assembleia da Petrobras (PETR4) e inflação dos EUA são destaques nesta quinta-feira

Ibovespa caminha para fechar novembro com a maior valorização em 3 anos

Gabriel Galípolo | Foto: Felipe Rau/Estadão

O PCE, índice de inflação predileto do Federal Reserve (Fed, banco central estadunidense), atrai as atenções dos investidores nesta quinta-feira (30), assim como a reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep+).

No Brasil, o foco fica na expectativa da retomada do julgamento do pagamento de precatórios e na assembleia de acionistas da Petrobras (PETR3; PETR4). Há ainda palestra do diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, em evento e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), de outubro.

À espera do PCE, os índices futuros de ações de Nova York sobem após fechamento divergente ontem de Wall Street. O sinal também é positivo na Europa sobretudo após novos sinais de desinflação na zona do euro. Porém, não houve direção única na Ásia.

Por lá, dados da China reforçaram fraqueza da economia. Já os rendimentos dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) não têm uma direção única nesta manhã, enquanto o DXY, índice que compara moedas relevantes, do dólar avança.

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Os investidores mantiveram as apostas de manutenção dos juros americanos entre 5,25% e 5,50% no Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Fed em dezembro após a divulgação do Livro Bege ontem e a ideia de uma possível antecipação do ciclo de cortes.

Agora, fica a expectativa pelo PCE dos EUA e falas de dirigentes do Fed e do Banco Central Europeu (BCE) para ver se haverá sinais de política monetária. No caso dos EUA, a ideia é ver se haverá reforço à leitura recente dos preços no Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre, de arrefecimento.

No aguardo da reunião da Opep+ e de olho em possibilidades de cortes na sua produção, o petróleo sobe e o minério de ferro também.

No Brasil

A força das commodities e a alta das bolsas do ocidente devem estimular ganhos ao Ibovespa, que caminha para fechar novembro com a maior valorização em três anos. Já o dólar forte pode ser empecilho a uma valorização do real, que tende a encerrar o mês com desvalorização e ainda ter volatilidade por conta do fechamento da Ptax (taxa de referência para as operações de câmbio no mercado financeiro, calculada durante o dia pelo Banco Central).

Além disso, fica no radar o impasse da agenda econômica do governo, que não conseguiu um acordo com a oposição e teve de aceitar o adiamento da votação do projeto de lei de taxação das apostas esportivas para a semana que vem.

Outro tema que pode influenciar principalmente os mercados de câmbio e de juros é a questão dos precatórios, que o governo pretende solucionar em 2023. Ainda nos juros, a pressão de alta nos retornos dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) é risco para cima antes de falas de diretores do Banco Central e da Pnad Contínua.

Agenda

O IBGE divulga a taxa desemprego no trimestre até outubro (9h). A Petrobras realiza assembleia de acionistas para definir provisão para dividendos (14h). O diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo, palestra em evento em São Paulo (15h).

Nos EUA, saem o índice de preços ao consumidor de outubro medido pelo PCE e os pedidos semanais de auxílio-desemprego, além das vendas pendentes de imóveis. Na Alemanha, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, participa de fórum.