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Mercado hoje: corte de juros na China repercute em semana de Cúpula dos Brics e votação do arcabouço fiscal

Falas de Campos Neto e Fernando Haddad também são esperadas

Mercado hoje: corte de juros na China repercute em semana de Cúpula dos Brics e votação do arcabouço fiscal
Foto: Daniel Teixeira/Estadão

A votação do arcabouço fiscal na Câmara é esperada para esta semana, que traz como destaque de indicadores o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) de agosto, previsto para ser divulgado na sexta-feira (25).

O presidente Lula desembarcou nesta segunda-feira (21), em Johannesburgo, na África do Sul, para participar da 15ª Cúpula dos BRICS (grupo composto por cinco países de mercado emergentes, quais sejam: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Ficam no radar ainda palestras do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em evento do Santander.

Lá fora, as atenções ficam nos integrantes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) no Simpósio Econômico Jackson Hole, no final da semana, em especial nos discursos na sexta-feira do presidente do Fed, Jerome Powell, e da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde.

O sinal é positivo nos futuros de Nova York e bolsas da Europa, onde investidores avaliam o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) da Alemanha, que recuou 6,0% em julho, na comparação anual, sinal positivo para a inflação na maior economia do continente. E o Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) cortou a taxa de juros de referência de empréstimos para 1 ano, de 3,55% a 3,45%, porém manteve a para 5 anos, em 4,20%.

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Os mercados devem ficar ainda em compasso de espera pelo simpósio em Jackson Hole, com investidores esperando mais pistas sobres os rumos da política monetária dos EUA. Na visão de ex-autoridades do Fed e observadores próximos, o discurso fornecerá a Powell uma plataforma para esclarecer suas opiniões sobre a futura política monetária, sem revelar os movimentos exatos que ele espera que o banco central faça nos próximos meses.

No Brasil

O apetite a risco nas bolsas internacionais e alta do petróleo devem ajudar o Ibovespa nesta segunda-feira de agenda esvaziada. Já a alta do dólar ante maioria das moedas emergentes e de países exportadores de commodities pode também se refletir em pressão para o real.

No foco está a possibilidade de votação na Câmara do arcabouço fiscal. Integrantes da equipe econômica, no entanto, se mostram preocupados com o fato de nem Lula nem o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, estarem no Brasil em uma semana de votação tão importante. E a preocupação com o cenário fiscal dominou a última reunião do dia do Banco Central com economistas na sexta-feira (18), segundo uma fonte sob sigilo.

A opinião majoritária, disse o analista, é de piora na margem. “A maioria falou da dificuldade do governo em gerar novas receitas”, afirmou. Os cenários apresentados na reunião para o resultado primário de 2024 preveem, em geral, um déficit entre 0,5% e 1,0% do Produto Interno Bruto (PIB). A meta estabelecida pelo projeto do novo arcabouço fiscal para o período é de zeragem do déficit, com uma banda de tolerância de 0,25 ponto porcentual para cima ou para baixo.

Agenda

O destaque da agenda local é o IPCA-15, na sexta-feira, mesmo dia da divulgação da nota do setor externo de julho. Ao longo da semana, a agenda é mais fraca. Nesta segunda tem o Boletim Focus (8h25). Na terça (22), o presidente do BC, Roberto Campos Neto, palestra em evento do Santander, e na quarta-feira (23), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa do mesmo e evento.

De amanhã a quinta-feira, o presidente Lula participa da 15ª Cúpula dos BRICS, em Johannesburgo, na África do Sul. A CPMI do 8 de Janeiro se reúne na próxima quinta-feira (24) para ouvir o depoimento de Luis Marcos dos Reis, sargento do Exército que integrava a equipe da Ajudância de Ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro.

*Com informação do Broadcast

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