Decisões de política monetária sobre taxa de juros no Brasil, na China e na Inglaterra concentram as atenções dos investidores na semana que se inicia nesta segunda-feira (19). Mais do que a definição da Selic, para a qual espera-se manutenção em 13,75% ao ano na reunião de quarta-feira (21), os mercados esperam algum sinal do Banco Central (BC) de que começará a reduzir os juros em agosto, dado o avanço da desinflação no País.
Leia também
A participação do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Jerome Powell, em audiência na Câmara e no Senado dos Estados Unidos ficará no foco dos investidores. Os mercados em Wall Street estão fechados devido ao feriado que marca o fim da escravidão no país. No Brasil, segue a expectativa de votação do arcabouço fiscal no Senado.
- Bolsas da Ásia: mercados refletem decepção com estímulos econômicos na China
- Mercado hoje: decisão sobre juros no Brasil, na China e na Inglaterra concentram o foco do investidor na semana
Confira as principais notícias das empresas na Bolsa
Embraer (EMBR3)
A Embraer informou que, em conjunto com a sua subsidiária Embraer Aircraft Holding (EAH) e a Nidec Motor Corporation (NMC), celebrou um acordo para a criação de uma nova sociedade denominada Nidec Aerospace (Newco) para o desenvolvimento conjunto e fabricação de sistemas elétricos de propulsão para
uso aeronáutico, incluindo aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical (eVTOL) e aeronaves de asa fixa.
A Embraer informou que a Eve Air Mobility anunciou uma expansão da parceria com a Blade Air Mobility, Inc.. Segundo a empresa, a parceria estabelece bases para integrar os eVTOLs da Eve, ou aeronaves verticais elétricas (EVA), na rede de rotas europeias da Blade, começando pela França. A subsidiária Even anunciou também que a BAE System, a DUC Hélice Propellers e a Nidec Aerospace LLC como seus três primeiros fornecedores para a aeronave elétrica de decolagem e pouso vertical.
Light (LIGT3)
O presidente da distribuidora da Light, a Light SESA, Thiago Freire Guth, renunciou ao cargo, informou o Grupo Light, em recuperação judicial, por meio de comunicado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Guth também deixa o cargo de diretor da Light e do Conselho de Administração da Light Energia. Sua saída tem efeito a partir de 30 de junho. “As companhias divulgarão oportunamente a respeito das eleições dos respectivos substitutos aos cargos mencionados neste comunicado”, diz o comunicado.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
Depois de se reunirem com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), credores da Light tentam se reaproximar dos principais acionistas, liderados por Nelson Tanure, para encontrar uma saída para a complicada situação financeira da empresa. Segundo fontes ouvidas pelo Broadcast, ainda não foi marcada reunião, mas a tendência é de que as conversas voltem à mesa após um período de desentendimentos. Na sexta-feira, os papéis da Light caíram quase 4%, cotados a R$ 7,03.
JBS (JBSS3) e frigoríficos
A JBS anunciou que investirá R$ 800 milhões em sua unidade da Friboi em Diamantino (MT), o que permitirá triplicar a capacidade de produção no local. Os recursos serão aplicados na recuperação e modernização da fábrica, atingida parcialmente por um incêndio no último dia 11. Com o investimento, a
unidade de Diamantino se tornará a maior da Friboi no País, segundo nota da empresa.
O Ministério da Agricultura revelou dois novos focos de influenza aviária de alta patogenicidade em aves silvestres no Brasil. No total, há 38 casos no País e outros 6 sob investigação. As notificações, segundo a pasta, não comprometem o status do Brasil como país livre de Influenza Aviária (IAAP) e não trazem restrições ao comércio internacional de produtos avícolas, como prevê a OMSA.
Copel (CPLE6)
A Copel está empenhada em levar sua oferta bilionária de ações ao mercado até o fim de julho, resultando na sua privatização. Segundo a Coluna do Broadcast, as conversas com investidores para sondar a demanda já começaram e as estimativas são de que a oferta fique entre R$ 3 bilhões e R$ 5 bilhões. Procurada pela reportagem, a Copel não comentou.
Auren Energia (AURE3)
A Auren Energia celebrou a cessão dos direitos creditórios de um acordo judicial com a União para indenização pela Usina Hidrelétrica de Três Irmãos. O pagamento de R$ 4,2 bilhões à Companhia Energética de São Paulo (Cesp) está previsto para ocorrer após o cumprimento condições precedentes e de mercado, até 29 de junho deste ano.
CSN (CSNA3)
A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) aprovou a 14ª emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, da espécie quirografária (que não desfruta de privilégios ou preferências em relação aos outros), em até três séries, no valor de R$ 700 milhões. Elas terão prazo de vencimento de sete anos, dez anos e 15 anos, respectivamente.
Eletrobras (ELET6)
A Eletrobras anunciou que será lançado, no dia 20 de junho, o seu novo Plano de Demissão Voluntária (PDV), o segundo desde a capitalização da companhia, ocorrida em junho de 2022. E ainda no setor de energia, o Congresso aprovou na semana passada uma série de medidas relacionadas ao setor elétrico que devem resultar no aumento dos custos aos consumidores.
Segundo manifestação da Aneel enviada ao Ministério de Minas e Energia, à qual o Broadcast Energia teve acesso, os “jabutis” embutidos na medida provisória (MP) que tratava do programa habitacional Minha Casa Minha Vida (MCMV) têm potencial de impacto anual de R$ 1 bilhão, a ser suportado pelos demais consumidores via aumentos nas tarifas.
Construção civil
O governo editou portaria que dá continuidade às operações do MCMV na modalidade Entidades. A norma possibilitará contratação das obras de 42 empreendimentos, com cerca de 12 mil unidades, beneficiando famílias com renda de até R$ 2,6 mil (faixa 1). A contratação da fase de obras deverá ser realizada a partir da atualização dos orçamentos, com base em parecer técnico conclusivo do agente financeiro.
XP (XP)
A XP Inc. passou a marca de RS 1 trilhão em ativos de clientes sob custódia nas plataformas de investimentos XP, Rico e Clear. Em nota, a empresa cita que em 2017 o montante era de R$ 100 bilhões.
