O Relatório Trimestral de Inflação (RTI) abre a agenda no Brasil, junto ao Índice Geral de Preços (IGP-M) de setembro, nesta quinta-feira (28). A mediana na pesquisa Projeções Broadcast é de alta de 0,37%.
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Ficam no foco a entrevista sobre o RTI com o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, e o diretor de Política Econômica, Diogo Guillen, além da divulgação do resultado do Governo Central de agosto.
No exterior, há falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed, banco central estadunidense), inclusive do presidente Jerome Powell. Saem ainda o Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, pedidos semanais de auxílio-desemprego e vendas de imóveis dos Estados Unidos.
Os mercados operam com indefinição, com os investidores esperando a divulgação de dados dos EUA e falas de membros do Fed, que poderão ajudar a balizar as expectativas para a política monetária americana.
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Permanecem as preocupações de que os juros no mundo ficarão elevados por mais tempo, em especial nos EUA, e ainda temores com o setor imobiliário da China, que ameaçam o crescimento da segunda maior economia do mundo.
Neste ambiente ainda está no radar a indefinição no Congresso americano em torno de um acordo que impeça a paralisação da máquina pública. Os índices futuros de ações de Nova York têm sinais divergentes, bem como o petróleo.
As bolsas asiáticas fecharam sem direção única, com liquidez restrita em meio a preocupações com o setor imobiliário chinês e antes de um longo feriado na China. Na Europa, a maioria das bolsas cai. Por lá, destaque à divulgação do CPI alemão.
No Brasil
O quadro indefinido externo pode impedir com que o Ibovespa retome o nível dos 115 mil pontos, após fechar na marca dos 114 mil pontos nos dois últimos pregões. As commodities podem ter pouca força para ajudar em uma alta.
Os ADRs de Vale e Petrobras recuam no pré-mercado de Nova York, enquanto o EWZ está no zero a zero. Aqui, o mercado focará no RTI, IGP-M e nas palavras dos dirigentes do BC, no intuito de buscar pistas sobre a trajetória da Selic, depois dos sinais de que não haverá aceleração no ritmo de corte.
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Pode ser bem visto o primeiro encontro entre o presidente Lula (PT) e o presidente do BC, Roberto Campos Neto, desde a posse do novo governo. Nas palavras do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que ajudou a intermediar a aproximação, ao encontro foi “excelente e produtivo”.
Isolado dentro do governo por setores críticos à meta de zerar o déficit fiscal em 2024, Haddad espera que Campos Neto se torne seu aliado na defesa do objetivo junto ao presidente Lula e ao Congresso.
Lideranças do PT afirmaram ontem que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), fechou um acordo com o governo para votar na semana que vem o PL que prevê a tributação dos fundos offshore, recursos que os brasileiros mantêm em paraísos fiscais.
Agenda
Às 8 horas, sai o IGP-M de setembro. No mesmo horário, o BC divulga o RTI. O presidente do banco, Roberto Campos Neto, e o diretor de Política Econômica, Diogo Guillen, concederão entrevista sobre o RTI (11h). O diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, participa de evento (8h30).
No exterior, destaque para fala do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell (17h), e para a última leitura do PIB dos EUA no segundo trimestre (9h30).
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