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Mercado hoje: PIB no Brasil e payroll nos EUA ficam no radar após estímulos na economia chinesa

PMI da indústria na China subiu a 51,0 em agosto, indo à zona de expansão

(Foto: Werther Santana/Estadão)

O resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no segundo trimestre e o relatório de emprego (payroll) dos Estados Unidos de agosto são os destaques nos mercados nesta sexta-feira (1), primeiro dia de setembro. Dados finais do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial americano, brasileiro e global de agosto, além da balança comercial local, também estão previstos.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), o diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, e o secretário do Tesouro, Rogério Ceron, participam de painéis na XP Expert.

Estímulos ao setor imobiliário da China e o avanço do PMI da segunda maior economia mundial à zona de expansão em agosto deram impulso às bolsas chinesas e ajudam a apoiar bom humor nos mercados europeus e futuros de Nova York.

O governo chinês reduziu a entrada mínima para a compra da primeira e da segunda residências da população local. A Reuters reportava a partir de fontes que mais medidas para apoiar o setor devem se concretizar nas próximas semanas. Entre papéis de imobiliárias, China Vanke subiu 3,0% e Poly Developments & Holdings, 1,9%.

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O PMI da indústria chinesa subiu de 49,2 em julho a 51,0 em agosto, novamente acima da marca de 50, que separa expansão da contração econômica. Os investidores avaliam também sinais fracos da indústria europeia em meio a expectativas pelo relatório mensal de empregos (payroll) dos Estados Unidos.

A mediana de analistas consultados pelo Projeções Broadcast aponta para criação de 175 mil empregos em agosto, ante 187 mil vagas abertas em julho. O PMI da indústria da zona do euro subiu a 43,5 na leitura final de agosto, mas ficou um pouco abaixo da previsão de 43,7 dos analistas.

No atual contexto, a atividade fraca pode ser benéfica para o controle da inflação e permitir trajetória menos dura da política monetária, ajudando a apoiar os mercados acionários.

No Brasil

Os sinais positivos nas bolsas internacionais e do petróleo são bom prenúncio para a B3 e ações da Petrobras em meio a repercussões sobre o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), apresentado ontem ao Congresso. O EWZ, como é conhecido o maior fundo de índice ligado ao Brasil, apontava alta de 1,75% há pouco no pré-mercado em Nova York.

O PLOA foi apresentado ontem ao Congresso e prevê superávit primário de R$ 2,841 bilhões em 2024 (0,0% do PIB). Ontem, o ceticismo dos investidores sobre o alcance desses objetivos pelo governo minou os ativos locais e também as incertezas no mês de agosto: o Ibovespa acumulou perdas de 5%, no primeiro recuo mensal desde março, o dólar à vista acumulou ganho mensal de 4,69% e os juros futuros subiram.

Os ajustes hoje devem depender também da reação aos indicadores em meio a expectativas de desaceleração do PIB de abril a junho no País, de superávit na balança comercial de US$ 10,0 bilhões em agosto e para a inflação medida pelo IPC-S, cuja mediana do mercado indica recuo de 0,16%, após alta de 0,07% em julho.

Agenda

O PIB do Brasil no segundo trimestre (9h), o payroll dos EUA de agosto (9h30) , o IPC-S (9h), os PMIs americano (10h45 e 11h), brasileiro (11h) e global (12h), e a balança comercial local (15h) são os principais indicadores programados. Também serão monitorados durante o dia os comentários do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (10h45), do diretor do BC, Gabriel Galípolo (11h45) e do secretário do Tesouro, Rogério Ceron (15h25).

Lá fora, ainda o vice-presidente do BCE, Luis de Guindos, participa de evento (13h). O presidente Luiz Inácio Lula da
Silva participa, nesta sexta-feira, 1º, de cerimônia comemorativa de criação do Programa Agroamigo e do Programa Crediamigo, em Fortaleza, Ceará (10h). Em agenda pelo Nordeste, o presidente viaja ao Rio Grande do Norte e retorna para Brasília no final do dia.