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Mercado hoje: Vale (VALE3) adquire parte da Cemig (CMIG4) e Marfrig (MRFG3) reverte prejuízo com balanço do 4T23

Rumo, Oi, Americanas e Casas Bahia completam o noticiário desta manhã

Mercado hoje: Vale (VALE3) adquire parte da Cemig (CMIG4) e Marfrig (MRFG3) reverte prejuízo com balanço do 4T23
Painel do Ibovespa. (Fonte: Adobe Stock)

O destaque desta quinta-feira (28), véspera de feriado da Sexta-feria Santa, é a divulgação do Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de março, seguida da entrevista do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, concentrando as atenções neste último dia útil do mês e do primeiro trimestre para os mercados.

Ainda será divulgada a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua do trimestre até fevereiro. Nos EUA, saem os dados finais do Produto Interno Bruto (PIB) e Índice de Preços para Gastos de Consumo Pessoal (PCE, na sigla em inglês) trimestrais, além da pesquisa da Universidade de Michigan sobre a confiança e as expectativas de inflação dos consumidores.

Vale (VALE3) e Cemig (CMIG4)

A Vale informou que adquiriu a totalidade da participação de 45% da Cemig Geração e Transmissão na companhia Aliança Energia, empresa de capital fechado. A Vale pagará o valor de R$ 2,7 bilhões pela aquisição e, ao concluir, passará a deter 100% do capital da Aliança Energia.

A Cemig GT pode receber um valor adicional, correspondente a 45% dos valores das indenizações futuras que porventura sejam recebidas pela Aliança, relativo aos prejuízos relacionados à ruptura da barragem de rejeitos do Fundão (desastre de Mariana).

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A XP afirma que o desinvestimento já estava nos planos da Cemig e não surpreende, mas mostra que a companhia está “desinvestindo de forma inteligente” à medida em que o valor obtido parece positivo e poderá potencializar o pagamento de dividendos nos próximos períodos.

Marfrig (MRFG3)

A Marfrig encerrou o quarto trimestre de 2023 com lucro líquido de R$ 12 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 628 milhões registrado um ano antes. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 2,938 bilhões, alta de 32,1%, sendo que a BRF foi responsável por 64% desse resultado. A receita líquida caiu 2,2%, para R$ 36,564 bilhões.

O mercado deve reagir positivamente ao balanço, na avaliação do Citi, que destaca que a margem Ebitda de 2,6% do segmento da América do Norte ficou acima das expectativa e de pares do setor. Além disso, o Ebitda do grupo superou as expectativas de consenso em 18%, refletindo o Ebitda da National Beef de US$ 79 milhões, acima do ponto de equilíbrio e melhor comparado à margem negativa em 2,3% da US Beef da JBS.

Rumo (RAIL3)

A Rumo registrou lucro líquido de R$ 1 milhão no quarto trimestre de 2023, queda de 99,6% em relação ao mesmo período de 2022. A companhia destaca que, no quarto trimestre de 2022, o lucro líquido foi beneficiado por eventos extraordinários e não recorrentes, com destaque para o ganho de capital na alienação da EPSA. O Ebitda somou R$ 1,207 bilhão, recuo anual de 12,2%.

A XP avalia que a Rumo está “no caminho certo” para entregar um ano forte em 2024 e considerou os resultados do quarto trimestre de 2023 positivos, com Ebitda (apesar de ter ficado 6% aquém da expectativa da corretora) apoiado em um trimestre com crescimento positivo de yield (+11% ante base anual) e aumentos de volume devido a uma safra recorde (+9% ano a ano).

Oi (OIBR3)

A Oi, em recuperação judicial, registrou prejuízo líquido de R$ 486 milhões no quarto trimestre de 2023, montante 97,2% menor que o registrado no mesmo intervalo de 2022. Já os custos e despesas de rotina chegaram a R$ 2,390 bilhões no quarto trimestre de 2023, um aumento de 5,2% na comparação com o mesmo período de 2022, mas um recuo de 12,4% ante o terceiro trimestre e de 2023.

A Oi levará à próxima Assembleia Geral Extraordinária, marcada para 29 de abril, proposta de grupamento da totalidade das ações ordinárias e preferenciais de emissão da companhia na proporção 10 para 1. O objetivo principal é o enquadramento da cotação das ações em valor igual ou superior a R$ 1,00 por unidade.

Gol (GOLL4)

A Gol registrou prejuízo líquido de R$ 1 bilhão no quarto trimestre de 2023, revertendo lucro de R$ 231 milhões ante mesmo período de 2022. Já o Ebitda recorrente somou R$ 1,6 bilhão no último trimestre, alta anual de 38,3%.

Cosan (CSAN3)

A Cosan informou, citando dados não auditados, ter encerrado o quarto trimestre de 2023 com lucro líquido de R$ 2,3 bilhões, quase o triplo na comparação com igual intervalo de 2022, quando a empresa havia apurado R$ 806 milhões (não ajustado).

Tecnisa (TCSA3)

A Tecnisa teve prejuízo líquido de R$ 56,9 milhões no quarto trimestre de 2023, revertendo o lucro de R$ 15,8 milhões do mesmo período de 2022, de acordo com balanço divulgado há pouco.

A Tecnisa anunciou também seu guidance, com previsão de realizar lançamentos com um valor geral de vendas (VGV) total de R$ 5,3 bilhões no Jardim das Perdizes entre 2024 e 2026. A margem bruta esperada nos projetos é de 46% a 50% no mesmo período.

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A companhia anunciou ainda a venda de 5% da Windsor Investimentos Imobiliários, que desenvolve o empreendimento, para Joseph Meyer Nigri, Renato Meyer Nigri e Zeev Chalom Horovitz, por R$ 50 milhões. Com a venda, a Tecnisa reduzirá sua participação de 57,5% para 52,5% do capital social.

Sabesp (SBSP3)

A Comissão Especial de Estudos Relativos ao Processo de Privatização da Sabesp da Câmara de São Paulo aprovou, na última quinta-feira, 21, os relatórios finais referentes ao processo. Os documentos incluem recomendações para a Prefeitura.

Eletrobras (ELET3; ELET6)

A Eletrobras aprovou a realização da 5ª emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, da espécie quirografária, em duas séries, no valor total de até R$ 3,5 bilhões.

Ontem a declaração do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, de que iria publicar uma Medida Provisória que permitirá ao governo securitizar os recursos devidos pela Eletrobras à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) chegou a pesar nas ações ao longo do pregão como mais uma sinalização de ingerência política da empresa elétrica recém-privatizada, mas não é bem assim, conforme especialistas consultados pelo Broadcast. O Ministério de Minas e Energia esclareceu ainda que a MP ainda passará pela Casa Civil.

Engie (EGIE3)

A Transportadora Associada de Gás (TAG), no qual a Engie Brasil possui participação acionária, e a Origem Energia, assinaram um acordo não-vinculante de US$ 200 milhões para desenvolver um projeto que visa estocagem de gás, a ser desenvolvido no Campo de Pilar, em Alagoas.

Americanas (AMER3)

A Americanas, em recuperação judicial, encerrou a semana de 18 a 24 de março com 2.492 admissões e 522 desligamentos involuntários. Durante a semana base do relatório, não houve encerramento de lojas, que totalizam 1.721.

Casas Bahia (BHIA3)

O JPMorgan atingiu posição equivalente a 5,86% do total de ações ordinárias da Casas Bahia, por meio de uma quantidade de ações em posições de instrumentos derivativos de 5.571.948.