Um novo ambiente de tensões entre as duas maiores economias do mundo, Estados Unidos e China, trouxe novamente à tona as incertezas geopolíticas atuais. Desta vez o clima de maior animosidade entre as nações se deve ao fato de que a presidente da Câmara norte-americana, Nancy Pelosi, uma das principais parlamentares aliadas do presidente Joe Biden, resolveu visitar Taiwan. O fato desagradou qual os líderes do gigante asiático, que o consideraram uma afronta dos EUA à soberania do país – a China reivindica como parte de seu território.
Esse cenário, aliado à falas de dirigentes do Fed, o banco central norte-americano, fizeram com que a maioria dos investidores globais adotassem uma postura mais cautelosa na primeira parte da sessão desta terça-feira (02) e, por volta das 13h30, o índice Dow Jones e o S&P 500 estendiam as perdas de ontem nas bolsas de Nova York. Na Europa, sob o mesmo o pano de fundo, o cenário não foi diferente e os principais índices acionários enceraram a sessão no terreno negativo.
No Brasil, volatilidade foi o nome do jogo. O Ibovespa teve algumas alternâncias de sinais ao longo da manhã, reagindo a fatores externos e locais, como a leitura abaixo do esperado da produção industrial no mês de junho. Assim, depois de ter caído 0,52%, as ações do setor financeiro passaram a direcionar uma alta do índice. Às 13h30, o Ibovespa tinha alta de 1,07% aos 103.321 pontos, com giro financeiro projetado de R$ 31 bilhões para o dia – o que se confirmado ficará bem acima da média, evidenciando o maior apetite ao risco dos investidores locais.
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Entre as maiores altas do dia, além do desempenho positivo dos bancos, Locaweb saltava mais de 10%, mesmo que sem uma razão específica que justifica o movimento, especialmente se considerarmos que as taxas de juros futuras sobem ao longo de toda a curva a termo, o que (tudo mais constante) é um indicativo negativo para as ações de tecnologia. Por outro lado, as ações das empresas varejistas lideram as perdas do Ibovespa neste momento.