Apesar da aprovação da proposta no Congresso americano para evitar o shutdown, o mês de outubro começa com aversão ao risco nos mercados globais, a partir da nova escalada nos rendimentos dos Treasuries e do dólar. Os PMIs industriais dos EUA subiram acima do esperado, ampliando as expectativas de mais aperto monetário pelo Fed até o final deste ano, penalizando commodities e mercados acionários à nível global. A probabilidade de elevação pelo Fed de 0,25 pp na reunião de novembro saltou de 18,3% para 30%, enquanto a probabilidade de manutenção ainda segue majoritária, em torno de 70%.
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Em Nova York, um dos poucos índices que se sustentava no campo positivo era o Nasdaq, apoiado por ganhos robustos de papéis de empresas de semicondutores e de tecnologia, enquanto os demais índices recuavam no início da tarde. Já na Europa, as bolsas encerraram o dia em forte queda após os índices de gerentes de compras (PMIs) da zona do euro, Alemanha e Reino Unido indicarem que a atividade manufatureira sofreu retração em setembro, enquanto crescem os temores de que os bancos centrais da Europa e da Inglaterra sejam forçados a manter a política monetária restritiva por um horizonte de tempo prolongado.
Em meio a um ambiente global ainda hostil, o Ibovespa inicia o mês de forma fragilizada, diante do temor de juros elevados no mundo por mais tempo do que o imaginado. Às 13h45, o índice recuava 1,21% aos 115.155 pontos, com queda generalizada dos índices setoriais. No câmbio, o dólar avançava 0,92% frente ao real, cotado a R$ 5,07, e nos juros, a alta dos Treasuries influenciava novamente o comportamento dos vencimentos domésticos.
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