Novos sinais de fragilidade em bancos regionais nos EUA acendem o sinal de alerta e investidores ativam o modo “aversão ao risco” na sessão desta quinta-feira.
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Nos Estados Unidos, o nervosismo com bancos regionais e o risco elevado de recessão alimentam a busca por segurança e os principais índices operam em queda, acompanhados pela forte alta do VIX, índice que mede a volatilidade das opções e é utilizado como um indicador de risco pelo mercado. Além disso, os investidores continuam acreditando que o FED terá que cortar os juros ainda este ano, mesmo após o presidente da instituição Jerome Powell ter tentado conter essa expectativa ontem. Segundo o monitoramento do CME Group, as apostas majoritárias são para corte na taxa de juros na reunião do FOMC de julho.
Já na Europa, a maioria das bolsas encerraram o pregão em queda, após elevação de juros em 0,25pp pelo Banco Central Europeu e sinalização de que existe espaço para novas altas. A presidente da instituição Christine Lagarde reforçou que o BCE não está realizando uma pausa no aperto monetário em vigência, e destacou que as taxas serão mantidas neste nível “pelo tempo necessário”, até a zona do euro atingir a meta de inflação de 2% ao ano.
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No campo das commodities, próximo às 14h, o petróleo Brent esboçava leve recuperação, com alta de 0,43%, cotado a US$ 72,65 o barril. E nesta madrugada, pela primeira vez desde 28 de novembro de 2022, o contrato de minério de ferro negociado na Bolsa de Cingapura caiu para baixo de US$ 100, fechando a sessão com queda de 2,40%, a US$ 98,85 por tonelada.
Por aqui, com pressão do exterior e commodities, o Ibovespa, por volta do mesmo horário citado acima, recuava 0,35% aos 101.442 pontos, com avanço do dólar frente ao real de 0,54%, cotado a R$ 5,01. Nos juros, o movimento é de queda em todos os vértices da curva a termo. Em contrapartida ao recuo das ações com exposição ao minério, algumas ações ligadas ao ciclo econômico sobem, em meio ao entendimento de que o Copom, que manteve a Selic em 13,75% ao ano ontem à noite como esperado, logo dará início à queda dos juros.