Mercado

Mercado Intraday: Payroll pressiona Fed e Ibovespa se descola

Mercado Intraday: Payroll pressiona Fed e Ibovespa se descola
Desde 1997, a Bolsa de Valores brasileira implantou o pregão eletrônico, reduzindo a burocracia e democratizando o acesso ao mercado de ações e outros ativos. (Foto: Shutterstock)

Na última sessão da semana o principal indicador da agenda foi o Payroll, com a geração de emprego do mês julho nos EUA vindo muito acima das projeções. Além da forte geração de vagas, com 528 mil novas vagas e revisões para cima nos números dos últimos meses, a taxa de desemprego chegou ao menor nível em 50 anos, ao atingir 3,5% e vir acompanhada de um avanço dos salários. Esta soma de fatores reforçou um mercado de trabalho extremamente forte, o que minimiza os temores de uma possível recessão na maior economia do planeta, mesmo diante de dois trimestres consecutivos de contração.

Diante deste cenário, o mercado voltou a ajustar as projeções, agora com a maioria crente em mais um aumento de 0,75 p.p. na próxima reunião do FOMC em setembro, em uma leitura de que a forte geração de emprego deve continuar pressionando e empurrando o Banco Central ao “corner”, forçando uma manutenção de uma medida mais agressiva na decisão de juros. Assim, na Europa, as bolsas encerraram a sessão em queda, enquanto que nos EUA os índices mostravam volatilidade ao longo da sessão, com um viés mais negativo prevalecendo.

Aqui no Brasil, pela manhã foi conhecido o IGP-DI de julho, que reforçou a tendência de desaceleração da inflação ao recuar 0,38%, ante alta de 0,62% em junho, recuando mais do que as estimativas. Apesar do alívio no juro local, a pressão oriunda das Treasuries e do avanço do petróleo, contribui para uma indefinição no comportamento da curva, com os vértices mais curtos no positivo e os mais longos mantendo a tendência de queda, após o Banco Central sinalizar que estamos próximos do fim do ciclo de elevação da Selic.

Publicidade

Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos

Isso posto, o Ibovespa se descola do exterior e se beneficia das altas do petróleo e do minério de ferro, que subiu mais de 2% na madrugada. Às 14h15, o Ibovespa tinha alta de 1,09% cotado aos 107.060 pontos. No câmbio, o dólar chegou a subir e atingir os R$ 5,27, mas perdeu força e apresentava queda de 0,75%, cotado aos R$ 5,18, se beneficiando da entrada de fluxo estrangeiro para bolsa e mercado de juros.