Após um breve período de ajustes positivos nos mercados internacionais, o ambiente de maior cautela voltou a imperar e os principais índices acionários europeus encerraram a sessão da terça-feira em queda, assim como as bolsas de Nova York inverteram os sinais e passaram a cair.
Sem um respaldo de uma agenda de indicadores mais robusta, a crise de energia e seus possíveis impactos não só inflação como na atividade econômica na Europa são os direcionadores para os investidores, uma vez que o fornecimento de gás natural russo por meio do gasoduto Nord Stream 1 ao bloco não será retomado até que a Siemens Energy conserte equipamentos defeituosos.
Por aqui, o Ibovespa mostra um desempenho um pouco mais negativo, pois à cena externa soma-se a mensagem mostrada ontem à noite pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, com relação aos juros e inflação no País, reiterada hoje em declarações do diretor de Política Monetária, Bruno Serra, sem mencionar a véspera de feriado da Independência, que manterá os mercados fechados amanhã.
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Às 13h35, o Ibovespa caía 2,12%, aos 109.820 pontos, com giro financeiro projetado de R$ 39,5 bilhões – o que, se confirmado, estará substancialmente acima dos últimos meses, refletindo a maior cautela e o temor do investidor local em atravessar o feriado “comprado”. No mesmo horário acima, o dólar avançava 1,48%, aos R$ 5,23.
De forma mais granular, as ações ligadas à atividade doméstica e com grande influência dos juros futuros, como nomes de varejo, são os destaques da queda, possivelmente refletindo correção de possíveis exageros precificados ao longo do último mês, assim como alguma realização de lucros.
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