No exterior, a percepção de que o pico da inflação nos Estados Unidos pode ter ficado para trás embala o apetite ao risco de forma generalizada nos mercados, com o índice de preços ao consumidor (CPI) de julho abaixo do esperado. A probabilidade de que o Federal Reserve reduza a dose de aperto monetário na reunião de setembro para 50 pontos-base saltou de 32,5% antes do CPI para 62,5% no fim da manhã, após ter se aproximado mais cedo de 80%. A leitura do dado empurra os juros dos treasuries para baixo e puxa as bolsas para cima. O dólar tem queda generalizada.
No Brasil, na agenda econômica, destaque para a divulgação da pesquisa mensal do comércio de junho. As vendas no varejo vieram mais fracas do que o esperado. Apesar da decepção, a leitura é de que os números são retrovisor e no 2S22 a perspectiva para o consumo é melhor com os recentes estímulos fiscais e manutenção da Selic.
Para o Ibovespa, o dia é de apetite por risco. Além do exterior mais favorável, o cenário de fim das altas da Selic contribui para este movimento. No sétimo pregão consecutivo de alta, o Ibovespa supera o patamar de 110 mil pontos, com destaque para ações de consumo e do setor imobiliário que, com a ajuda da valorização dos papeis de bancos, compensam o efeito negativo das perdas das commodities sobre o índice. Os juros futuros tem alivio em toda a curva.
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Às 13h15, o Ibovespa era negociado aos 110.100 pontos, com alta de 1,33%. No câmbio, com o exterior favorável, o dólar abriu a tarde na casa dos R$ 5,05 (-1,47%), após tocar R$ 5,0359 nas mínimas da manhã.