A semana tem início com um movimento de forte aversão ao risco nos mercados. Além da expectativa de um aumento de 0,5 p.p no juro norte-americano na quarta-feira, espera-se que o Banco Central norte-americano indique ou ao menos deixe a porta aberta para uma elevação de 0,75 p.p. à frente. Isso se tornou um risco crescente após o forte resultado do índice de preços ao consumidor (CPI) americano em maio, informado na última sexta-feira.
Neste ambiente, as bolsas americanas começaram o pregão em queda e aprofundaram o movimento próximo do meio dia. O desempenho em NY puxa ainda as principais praças europeias. A busca por segurança fortalece o dólar. O índice DXY, que mede a variação do dólar ante seis rivais, ganhou mais força há pouco. A segunda-feira também é negativa para as commodities. O contrato do Brent com entrega para agosto recua mais de 1%, enquanto o preço do minério de ferro fechou o pregão com queda de 3,77%, na China.
No Brasil, isso se reflete em alta do dólar, avanço de mais de 20 pontos-base dos juros futuros e queda de mais de 2% do Ibovespa. As 13h15, o Ibovespa era negociado aos 103.011 pontos, queda de 2,34%. O dólar, por sua vez, tem alta de 2,30%, cotado a R$ 5,10. A aversão ao risco coloca prêmio de risco na curva de juros, que aponta para Selic elevada por mais tempo antes de o BC ser capaz de começar com um afrouxamento monetário.
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Analisando os setores, dando continuidade ao movimento de sexta-feira, as ações de varejo e tecnologia recuam em bloco nesta manhã. As ações PN de Gol e Azul assim como as ações ON de CVC recuam próximo de 10%, penalizadas pela alta do dólar em meio ao aumento das treasuries.