Após as quedas robustas da véspera, está terça-feira é novamente de bolsas com desempenhos negativos na Europa, embora em menor magnitude. O pano de fundo reflete as expectativas sobre o início na alta de juros por parte do Banco Central Europeu e hoje, na Alemanha, o índice ZEW, de expectativas econômicas, veio pior do que o esperado, contribuindo com a performance dos mercados. Já nos EUA, em dia que se inicia a reunião do FOMC, que definirá sua taxa de juros amanhã, os sinais são mistos. A pouco, o Nasdaq era o único a operar no terreno positivo, muito próximo a estabilidade, após cair mais de 4,5% na sessão anterior.
Os receios dos investidores quanto a uma possível recessão vão em consonância com o comportamento das curvas de 10 e 30 anos dos Treasuries, que se inverteram mais cedo, em um movimento visto pelo mercado como um sinal de recessão futura para a maior economia do globo. Além disso, há uma série de revisões de analistas quanto ao ritmo que o Fed adotará em sua próxima decisão. Walls Fargo, JP Morgan e Barclays, são alguns dos exemplos que esperam uma postura mais firme por parte do banco central norte-americano já nesta quarta-feira, projetando um avanço de 0,75 p.p nesta reunião. Pela manhã, foi divulgado por lá, o índice de preços ao produtor (PPI) com avanço de 0,8% em maio ante abril, em linha com as projeções. Apesar do indicador, as atenções estão todas voltadas para a decisão do Fed amanhã.
No Brasil, os mercados seguem alinhados com o comportamento internacional. Nem mesmo a alta das ações da Petrobras, com a expectativa de nova revisão nos preços dos combustíveis em breve, foi suficiente para sustentar o Ibovespa no positivo, após uma abertura de alta. Por aqui, amanhã também é dia de decisão de política monetária e o mercado aguarda um avanço de mais 0,50 p.p.. Desta forma, teses de duration longas (sensíveis à curva de juros) voltam a ser penalizadas no pregão de hoje, com destaque para varejistas, dado o impacto no valuation, mas também por conta da perspectiva de menor consumo. Além disso, pela manhã, foi conhecido o volume de serviços de abril, que subiu 0,2% no comparativo mensal, abaixo das expectativas e com sinais de que o ciclo de juros por aqui já afeta indicadores de atividade.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
Próximo às 13h55 o Ibovespa caia 0,51% cotado aos 102.071 pontos, enquanto que no mercado de câmbio o dólar voltou a se fortalecer frente ao real e subia 0,52% cotado aos R$ 5,14.