As incertezas relacionadas à variante Ômicron do coronavírus seguem no radar dos investidores e nesse ambiente as bolsas da Europa operaram em baixa e os índices de ações de NY também tem viés negativo no início da tarde. Os mercados globais também estão sensíveis às expectativas para as indicações do FED sobre estímulos e juros, na reunião de política monetária que termina amanhã.
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Nos EUA, o PPI superou as expectativas dos analistas, elevando a pressão, em meio a expectativas de que a instituição indique ao menos aceleração no ritmo de retirada dos estímulos econômicos. Os juros dos Treasuries negociam em alta, enquanto o índice DXY, que compara o dólar ante seis divisas fortes, cai. Os contratos futuros de petróleo negociavam no terreno negativo.
Aqui no Brasil, os ativos financeiros refletem além do ambiente externo mais negativo, a ata do Copom. A ata validou o discurso firme do Banco Central no combate à inflação, promovendo uma desinclinação na curva de juros. Todavia, a esperada alta dos vencimentos curtos foi reduzida pela queda do dado do setor de serviços, de 1,2%, pior do que a mais pessimista das projeções. Assim, num dia de dólar fraco, houve queda ao longo de toda a curva a termo, com maior intensidade nos longos.
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Neste contexto, o Ibovespa que chegou a subir pela manhã, entrou à tarde no campo negativo, refletindo tanto o tom austero do Copom quanto a fraqueza da atividade. A redução do preço da gasolina, informado pela Petrobras, de 3% nas refinarias a partir de amanhã, entrou no radar, uma vez que representa algum alívio na pressão inflacionária. As ações do setor de proteína animal e dos bancos são os destaques positivos da sessão.