Os ativos no mercado brasileiro registram desvalorização expressiva nesta quinta-feira (17). Além do cenário externo mais negativo, pesa sobre os mercados a repercussão do teor da minuta da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, que aumenta a percepção de risco fiscal. Nesse ambiente, o Ibovespa recuava 2,43%, aos 107.569,14 pontos, com apenas 1 ação subindo às 14h46 – Bradesco PN (BBDC4), a R$ 15,33 (+0,79%). O dólar avançava 1,20% cotado aos R$ 5,46, assim como subiam, também, os juros futuros.
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As bolsas em Nova York operam em queda com os investidores receosos diante da possibilidade de o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) continuar firme no aperto monetário, aumentando os riscos de recessão. Dados da economia dos Estados Unidos divulgados nos últimos dias, como por exemplo as fortes vendas no varejo, colocam em xeque a possibilidade de desaceleração do ritmo de alta de juros.
Nesta manhã, dados do mercado de trabalho norte-americano mostraram redução nos pedidos de auxílio-desemprego, que caíram 4 mil na semana passada, a 222 mil. Além disso, declarações de dirigentes do Fed reforçam a percepção de que os aumentos dos juros não terminarão tão cedo. Sob a perspectiva de um Fed ainda agressivo, os juros dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo dos EUA) avançam.
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Na Europa, a sessão também foi de aversão ao risco. A inflação na zona do euro medida pelo CPI saltou para nível recorde (10,6%) em outubro em termos anuais. Os mercados também reagiram aos novos planos fiscais do governo no Reino Unido, que derrubaram a libra e deram força aos juros dos Gilts (títulos emitidos pelo governo do Reino Unido). O dólar forte e preocupações quanto à demanda global pesaram sobre os contratos do petróleo, que voltaram a cair forte hoje.