No exterior, as bolsas americanas viraram para o terreno negativo, em meio ao noticiário sobre a crise geopolítica na Ucrânia. Mais cedo, a percepção de que as punições de aliados da Otan ainda são limitadas vinham permitindo uma melhora no sentimento de risco, após as perdas dos últimos dias.
Mas a crescente mobilização ucraniana para uma eventual guerra e a ameaça de resposta russa às sanções ocidentais deixaram os mercados em alerta e provocaram nova deterioração. As bolsas na Europa acompanham o movimento, o petróleo acelera alta e o dólar reverte perdas ante rivais. Os juros dos treasuries ainda avançam, de olho no posicionamento do Fed sobre os próximos passos da política monetária.
No Brasil, a temperatura elevada da crise geopolítica no leste europeu pesa no Ibovespa. Além disso, o quadro doméstico impõe desafios. Papeis ligados ao setor de commodities metálicas se destacam entre as quedas, atrapalhando o índice. Apesar de resultados fortes (Gerdau, por exemplo), seguem no radar medidas restritivas da China para o setor de aço. Agora o mercado espera o balanço da Vale, que sai amanhã. Antes, porém, sairá o da Petrobras (hoje, após o fechamento da B3).
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Agora, às 13h22, o Ibovespa é negociado aos 112.382 pontos, com queda de 0,45%. O dólar, por sua vez, furou hoje o suporte psicológico de R$ 5,00, com mínima a R$ 4,99. Nesta tarde, porém, volta a superar a marca, ainda que em queda forte, alinhado à tendência da moeda no exterior.
Dentre os dados econômicos divulgados hoje, vale destacar o IPCA-15 de fevereiro que veio acima do esperado, alta de 0,99% na variação mensal, aquecendo as discussões sobre a alta da Selic, atraindo ainda mais fluxo de recursos estrangeiros, que vem para renda fixa e bolsa. Dados do setor externo positivos e a arrecadação federal acima do teto das expectativas ajudam na queda da moeda americana.