A sessão foi negativa para as bolsas europeias nesta quinta-feira. Por lá, o pano de fundo foi a divulgação do PIB do 1T23 da Alemanha, que mostrou contração de 0,3%, colocando a maior economia do bloco europeu em recessão. Já nos EUA, as bolsas de NY mostram indefinição em dia que também foi conhecida a segunda leitura do PIB do 1T23. O indicador avançou 1,3% na leitura anualizada, acima da 1ª leitura e das expectativas, sendo mais um sinal de que a principal economia global continua resiliente.
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Assim, o sentimento é dividido pelo sinal positivo para atividade, porém negativo para a atual trajetória dos juros norte-americanos, que poderão ter de continuar a subir para conter a inflação que também segue forte. Além disso, os mercados digerem a notícia de que a agência de risco Fitch colocou o rating de crédito AAA dos EUA em “observação negativa” em meio ao impasse para a elevação do teto da dívida.
Aqui no Brasil, apesar de mais uma dia negativo para o minério de ferro, que recuou na madrugada em Dalian, e de realização do petróleo após uma sequência de alta, o Ibovespa contraria o obvio, que seria queda, devido à representatividade de empresas ligadas a essas commodities em nosso principal índice acionário.
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O impulso reflete o maior apetite a ativos de duration longas, sensíveis aos juros futuros, que se beneficiam da leitura mais benigna para a inflação. Mais cedo, o IPCA-15 do mês de maio veio abaixo das projeções e mostrou uma inesperada desaceleração, justificando o comportamento positivo de ações dos setores de construção civil e varejo.
Este apetite evidencia a expectativa de que a inflação menor do que o esperado possa abrir as portas para que o Banco Central inicie o corte da Selic em um futuro próximo. Nesse contexto, a curva de juros futura mais uma vez apresenta ajustes para baixo.
Desta forma, próximo às 14h10 o Ibovespa tinha alta de 1,37% cotado aos 110.295 pontos e um giro financeiro projetado de cerca de R$ 28 bilhões. O dólar sobe 1,35% cotado novamente acima dos R$ 5.