Apesar da espera pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), que anunciará sua decisão de política monetária nesta quarta-feira (27) à tarde, os mercados mostraram um clima positivo ao longo da primeira parte da sessão. A repercussão positiva de balanços corporativos no Brasil e nos Estados Unidos ajudaram a impulsionar o desempenho dos principais índices acionários mundo afora. Ao redor das 13h20, o Ibovespa subia 0,85%%, aos 100.620 pontos.
O ritmo de alta de 0,75 pontos base (bps) na taxa de juros nos EUA, embora forte, já parece amplamente precificado e agora a maior expectativa reside na entrevista do presidente do Fed, Jerome Powell, que poderá trazer as novas sinalizações da política monetária na maior economia do mundo – ou algum detalhe específico, caso a decisão fuja da expectativas destes 0,75 bps.
No Brasil, a agenda econômica não exerceu influência aparente sobre os negócios, com a maior parte dos movimentos atribuídos ora ao cenário externo ora ao âmbito corporativo.
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O giro financeiro projetado para a sessão da bolsa brasileira nesta quarta-feira é de R$ 17,39 bilhões, um pouco abaixo da média, sugerindo que os investidores ainda aguardam a decisão do Fed antes de rever seu posicionamento. No mesmo horário, o dólar recuava 0,90%, aos R$ 5,30.
Olhando a bolsa sob uma perspectiva mais granular, descoladas do desempenho do petróleo, as ações da Petrobras passam por correção em meio à informação de que o Conselho de Administração da estatal se reunirá hoje para discutir uma mudança na política de preços.
Ainda no setor, PetroRio também recua, reagindo à notícia de que a Petrobras decidiu suspender o processo de desinvestimento de Albacora e manter o campo em seu portfólio. De acordo com o artigo, a PetroRio havia elevado a oferta de um pouco abaixo de US$ 2 bilhões para aproximadamente US$ 3 bilhões. No entanto, para a Petrobras, o novo valor ainda não foi suficiente para vender o campo.
Por outro lado, as ações do varejo e tecnologia lideram os ganhos do Ibovespa hoje, repercutindo o recuo nos juros futuros diante das perspectivas crescentes de alívio na inflação doméstica – o que, além da questão técnica em relação ao valuation (valor de eventual venda) dessas empresas, sugere uma maior disponibilidade de renda para os consumidores nos próximos meses, caso o cenário se materialize.
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