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Mercado Intraday: Ibovespa sobe 1,5%, aproximando-se dos 113 mil pontos

Mercado Intraday: Ibovespa sobe 1,5%, aproximando-se dos 113 mil pontos
Foto: REUTERS/Amanda Perobelli

No exterior, as bolsas asiáticas encerraram os negócios na madrugada desta quinta-feira em forte baixa. As principais bolsas europeias operavam em alta no início da tarde. Nos EUA, os índices das bolsas de NY também negociam no campo positivo, um dia após o Federal Reserve manter os juros inalterados no país e sinalizar que pretende começar a elevá-los, para conter pressões inflacionárias.

O presidente do Fed elevou o tom e declarou que o BC americano planeja iniciar o aperto de juros na reunião de março, o que não acontece desde dezembro de 2008, e que a redução do balanço patrimonial será mais rápida do que foi em vezes anteriores, podendo começar em algum momento depois da elevação das taxas fed funds.

O mercado ainda digere a sequência de indicadores dos Estados Unidos. O Produto Interno Bruto subiu acima do esperado por analistas, e o índice de preços de gastos ao consumidor (PCE, na sigla em inglês) atingiu 6,5% no quarto trimestre. Os investidores repercutem ainda balanços de empresas americanas divulgados no fim do dia ontem e também seguem atentos aos desdobramentos de tensões geopolíticas entre Ucrânia e Rússia.

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No Brasil, o investidor mostra mais apetite por ativos locais, aproveitando a recuperação no exterior. O Ibovespa subia 1,5% no início da tarde, aproximando-se dos 113 mil pontos. Os papéis de frigoríficos recuam em bloco, possivelmente acompanhando o recuo do câmbio. As empresas de varejo e bancos digitais eram destaques positivos. O dólar tinha queda negociando ao redor de R$ 5,38.

O fluxo de estrangeiros para o Brasil ainda pode ocorrer, favorecendo um dólar mais baixo, diante das apostas em nova alta de 1,5 p.p. da Selic na reunião do Copom na próxima semana. Os juros futuros sobem, especialmente os mais curtos, reagindo a sinalização pelo Fed de início de alta de juros em breve e com a curva apontando um ciclo mais longo e mais forte de aperto monetário no Brasil, podendo ir até junho. Os riscos fiscais, principalmente relacionados à proposta de redução dos preços de combustíveis, estão no radar, mas não são o principal direcionador nos juros.