Na Europa e nos EUA, prevalece o sinal positivo nos mercados acionários. A primeira leitura do PIB americano do 2T21 mostrou uma alta de 6,5% em termos anualizados, frustrando as expectativas do mercado que esperava um avanço de 8,5%.
O resultado reforçou a percepção do presidente do Fed sobre a atividade econômica americana. Muito embora a economia esteja se recuperando com o processo de vacinação adiantado nos países desenvolvidos, o ritmo de recuperação ainda não é firme o suficiente que justifique o início da retirada dos estímulos monetários. A temporada de balanços no exterior segue a todo o vapor, com os resultados de gigantes como a AstraZeneca, Credit Suisse e, após o fechamento, o da Amazon.
No Brasil, o real se aproveitou desse cenário. Em dia de enfraquecimento do dólar em termos globais, a divisa brasileira contou com impulso adicional de fluxo de recursos para IPOs e da perspectiva de aperto monetário mais forte por parte do Banco Central, para tentar impedir que a inflação elevada deste ano contamine a do ano de 2022.
O consenso das apostas entre os analistas é de elevação de 1 ponto percentual da Selic na reunião do Copom da próxima semana, para 5,25%. Com isso, o dólar cedia no início da tarde mais de 1% e operava ao redor de R$ 5,05. Os vencimentos dos juros longos negociam próximos da estabilidade, apesar do avanço dos yields dos Treasuries.
O Ibovespa, próximo às 14 horas, caia 0,6%, negociando ao redor de 125.500 pontos, na contramão dos mercados externos. As ações do Pão de Açúcar, Assaí e Gol, figuravam entre as quedas e as ações das siderúrgicas (CSN e Usiminas) e de shoppings (Multiplan e Iguatemi) eram os destaques positivos. Além da realização de lucros nas ações da Vale, após a empresa ter apresentado resultado forte, mas em linha com o esperado, ruídos políticos seguem no radar.
