As bolsas na Europa operaram com sinal negativo após a divulgação de indicadores econômicos da região que frustraram as expectativas. Além disso, as persistentes incertezas referentes à variante ômicron do coronavírus seguem no radar dos investidores.
Em Wall Street, a sessão está sendo de perdas entre os índices, com o Nasdaq em queda mais acentuada à medida que ações do setor de tecnologia eram pressionadas pela alta dos juros dos Treasuries. A economia americana criou 210 mil empregos em novembro, abaixo da projeção, de 573 mil vagas.
O salário médio por hora aumentou 0,26%, também inferior ao consenso, de alta de 0,4%. Os números são ruins, mas a leitura foi a de que o Federal Reserve pode esperar um pouco mais para acelerar a retirada de estímulos e até mesmo para subir os juros, o que favorece os ativos de risco.
Todavia, na sequencia bastou a divulgação de dados mais fortes de PMIs e encomendas à indústria dos EUA, já na segunda etapa do pregão, para os índices de Nova York aprofundarem no vermelho.
O dólar sobe ante a maioria das moedas emergentes e ligadas a commodities, enquanto os contratos futuros de petróleo estendem ganhos um dia após acordo da Opep+ para manter o atual plano de aumento da produção da commodity.
A fraqueza das bolsas internacionais impacta o apetite local. Após bater os 106 mil pontos, o Ibovespa reduz o ritmo e negociava próximo as 14 horas aos 104,8 mil pontos, com alta de 0,3%, enquanto o dólar negocia a R$ 5,66, após chegar a cair a R$ 5,60 mais cedo.
Os juros futuros negociam em baixa, com a queda da produção industrial reforçando a preocupação com a atividade após o PIB ontem e o esfriamento das apostas de uma alta mais forte da Selic na próxima reunião do Copom.
Ainda, o mercado doméstico reage a aprovação da PEC dos Precatórios ontem no Senado. Embora ela deva voltar para a Câmara, e exista incerteza com a expectativa de “promulgação parcial” diante das alterações feitas pelo texto, a leitura predominante é positiva em relação à contenção de risco fiscal, daí uma influência em alta nos preços dos ativos domésticos.
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