No exterior, forças militares da Rússia assumiram o controle da maior usina nuclear da Europa, no sudeste da Ucrânia, ampliando a já elevada aversão ao risco nos ativos, decorrente dos impactos do conflito no Leste Europeu. Assim, registrou-se o fortalecimento do dólar – o índice DXY sobe aos maiores níveis em 22 meses -, corrida para os Treasuries e bolsas no vermelho no exterior, em meio ao movimento de busca por proteção.
O petróleo volta a avançar além de US$ 110 por barril. Importa ressaltar ainda, o payroll de fevereiro, que apontou criação de emprego nos Estados Unidos bem acima do esperado, mas não chegou a alterar as apostas de que o Federal Reserve deve abrir o ciclo de aperto monetário este mês com uma elevação de 0,25 p.p..
No Brasil, tivemos a surpresa positiva com PIB do quarto trimestre e de 2021, ambos acima do consenso, que até trouxe ligeira melhora nas previsões para 2022, mas não conseguiu animar os investidores. Os ativos locais acompanham a tensão externa, afetados ainda pela cautela antes do fim de semana. Próximo as 14 horas, o Ibovespa negociava com queda da ordem de 1,4%, ao redor dos 113.600 pontos, mesmo com os ganhos nas commodities. No câmbio, o dólar avança, com máximas na casa de R$ 5,10. O pessimismo com o impacto da escalada das commodities na inflação segue reforçando as apostas de Copom mais agressivo. Como resultado, os DIs sobem, com a ponta curta e intermediária novamente em destaque.
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