No mercado internacional, as bolsas de Nova York recuam diante das incertezas ligadas à variante ômicron do coronavírus e com os investidores já na espera pelo dado da inflação ao consumidor dos Estados Unidos, amanhã, que mexe com o cenário de juros naquele país.
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O tom majoritário nas praças europeias também foi negativo. Além dos riscos induzidos pela nova variante do Covid19, o mercado opera à espera de decisões monetárias de alguns dos principais bancos centrais do mundo, incluindo o Fed nos EUA, com a inflação global pressionando. Avaliando os direcionadores para a política monetária, o dólar mostra força ante rivais e moedas de países emergentes nesta sessão.
No Brasil, a quinta-feira (9) começou com os investidores locais avaliando a decisão de política monetária divulgada ontem à noite. Em linha com às expectativas de mercado, o COPOM anunciou alta de 1,5 p.p na Selic, elevando a taxa básica de juros para o patamar de 9,25% a.a.. Os juros futuros de curto prazo reagem em alta e já mostram o mercado divido entre manutenção do ritmo, de aumento de 1,5 ponto porcentual da taxa básica da economia em fevereiro, e aceleração para 1,75 pp.
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As taxas também refletem a perspectiva de um alongamento do ciclo de aperto, após o Copom sinalizar o próximo passo e, ainda, indicar a continuidade de sua estratégia atual, até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas.
Na bolsa, o cenário do juro básico justifica a queda de 1,4% do Ibovespa, aos 106,6 mil pontos. A queda é conduzida pelo setor financeiro e ações das empresas de varejo. No câmbio, o dólar caiu com indicações sobre a Selic e entrada de algum fluxo estrangeiro por arbitragem de juros, mas volta a subir com a cautela dos investidores com risco fiscal e exterior pressionado.