No exterior, o Banco Central Europeu decidiu manter as taxas básicas de juros próximas a zero, indicando que as compras de ativos– dentro do programa emergencial – acontecerão em ritmo moderadamente mais lento a partir do quarto trimestre. O euro oscilou ante o dólar em reação ao BCE, enquanto as bolsas europeias não tiveram um sinal único. Os mercados acionários de Nova York, da mesma forma, negociavam em direções divergentes no início da tarde, após os pedidos de auxílio desemprego recuarem mais que o previsto. Os investidores levam em conta, também, as sinalizações de dirigentes do FED, de que não se pode descartar que o inicio do tapering aconteça ainda neste ano. Neste contexto, o dólar apresentou leve queda ante outras moedas principais e o petróleo oscilou perto da estabilidade.
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O IPCA de agosto mostrou alta de 0,87%, ficando acima da expectativa dos analistas que esperavam avanço de 0,70%. No ano, o IPCA acumula alta de 5,67%, enquanto em 12 meses a alta é de 9,68%. O resultado de agosto segue mostrando um cenário desfavorável para inflação, o que deve exigir uma postura mais austera do BC. Assim, as apostas do mercado para uma alta da Selic mais forte de 1,25% na próxima reunião do Copom ganha força. No câmbio, o dólar se ajusta em baixa devolvendo parte da alta de 2,9% registrada ontem.
O Ibovespa tentou uma recuperação pela manhã, também após a forte queda de ontem, com ajuda da alta moderada em Nova York e do apetite dos investidores por ações brasileiras descontadas. Todavia, o cenário político, além dos riscos ligados a manifestações de caminhoneiros e ao quadro fiscal, continuam inibindo exposições arriscadas.
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