Mercado de trabalho dos EUA pode ter inflado até 1 milhão de vagas; Fed ganha espaço para cortar juros
Revisões do Departamento de Estatísticas do Trabalho sugerem superestimação no emprego, reforçando a percepção de desaceleração desde 2023 e abrindo caminho para atuação do Fed
Bolsa de Nova York: índices futuros operam em leve alta com expectativa de revisão nos dados de emprego e possível ação do Fed. (Foto: Adobe Stock)
Sinais de que as revisões preliminares do Departamento de Estatísticas do Trabalho podem revelar uma superestimação entre 800 mil e 1 milhão de vagas criadas nos Estados Unidos no ano encerrado em março reforçam a percepção de deterioração do mercado de trabalho desde 2023.
Esse cenário aumenta as apostas de que o Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA) iniciará sua atuação em breve, em um processo que deve se estender por mais tempo do que se imaginava anteriormente.
Como reflexo, os índices futuros de Nova York registram leve alta nesta manhã, mesmo após as bolsas americanas renovarem recordes no pregão de ontem.
Em outros mercados, o dólar perde força frente a outras moedas, os rendimentos dos Treasuries avançam de forma moderada, os contratos futuros do petróleo acumulam o segundo dia consecutivo de ganhos e o minério de ferro em Dalian engatou a sexta alta seguida, com valorização de 2,03% na madrugada, a US$ 112,89 por tonelada – o maior fechamento em mais de seis meses, apoiado em sinais de recuperação da demanda na China.
A combinação de bolsas no exterior em alta e valorização das commodities tende a favorecer os ativos domésticos nesta terça-feira (9).
Ainda assim, incertezas podem limitar uma recuperação mais consistente, especialmente diante do risco de novas sanções dos Estados Unidos ao Brasil. Ontem (8), o subsecretário americano de Diplomacia Pública, Darren Beattie, afirmou que a administração de Donald Trump seguirá aplicando restrições ao ministro Alexandre de Moraes, já sancionado pela Lei Magnitsky.