Índices acionários internacionais registram ganhos no início da semana, impulsionados pela expectativa de cortes de juros pelo Federal Reserve. (Foto: Adobe Stock)
A semana começa com os principais mercados acionários em alta ao redor do mundo, mesmo diante de certa apreensão em relação à divulgação dos índices de preços ao consumidor e ao produtor nos Estados Unidos, que podem influenciar os próximos passos da política monetária do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA).
Neste momento, o mercado já precifica como praticamente certo um corte de 0,25 ponto percentual na taxa de juros em setembro – e atribui 55% de chances a um corte mais agressivo, de 0,50 ponto -, além da expectativa de outros quatro cortes de mesma magnitude até março de 2026.
No câmbio, o dólar opera estável frente às principais moedas.
Já os rendimentos dos Treasuries avançam, enquanto os contratos futuros do petróleo sobem com mais força após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep+) anunciar que aumentará a produção diária em 137 mil barris a partir de outubro – um incremento bem menor que os realizados nos dois meses anteriores.
O minério de ferro também registrou valorização de 0,64% na madrugada em Dalian, cotado a US$ 111,03 por tonelada.
Apesar do tom otimista no cenário externo, o mercado brasileiro pode abrir a semana com cautela e destoar da tendência global. O EWZ, principal Exchange Traded Fund (ETF) brasileiro negociado em Nova York, recuava levemente no pré-mercado, sinalizando um movimento de maior prudência por parte dos investidores.
No campo político, integrantes do governo brasileiro avaliam que há “pouca margem” de negociação com a Casa Branca em relação às tarifas impostas pelos Estados Unidos. Ainda assim, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou acreditar que a relação bilateral voltará à normalidade em breve.