

A Assembleia Geral para aprovação das demonstrações financeiras do Banco de Brasília (BRB), referentes a 2024, foi suspensa nesta sexta-feira (9) depois que acionistas minoritários questionaram as contas da instituição.
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A Assembleia Geral para aprovação das demonstrações financeiras do Banco de Brasília (BRB), referentes a 2024, foi suspensa nesta sexta-feira (9) depois que acionistas minoritários questionaram as contas da instituição.
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Segundo investidores que participaram da reunião, mas que pediram para não serem identificados na reportagem, há dúvidas sobre se o BRB está preparado para comprar o Master. Segundo eles, faltam informações para entender o impacto do negócio. Em março, o BRB anunciou a intenção de adquirir 58% do capital total do Master, em operação estimada em R$ 2 bilhões. Procurado, o BRB não se pronunciou.
Um dos pontos que incomodou os acionistas minoritários é de que na última demonstração financeira publicada pelo BRB, do 4º tri de 2024, a própria empresa que audita os números, a EY, diz que a diretoria da instituição não era capaz de mensurar até aquele momento quais seriam as repercussões futuras da transação no valor patrimonial do BRB. O balanço foi publicado no dia 10 de abril, enquanto a operação com o Master foi anunciada ao mercado em 28 de março.
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Os acionistas também querem saber mais informações sobre o “Nação BRB FLA”, um banco digital montado pelo BRB em parceria com o Flamengo. A subsidiária foi alvo de investimentos, feitos pelo Banco de Brasília, para o lançamento de um novo aplicativo bancário para o BRB FLA. O novo app foi anunciado em setembro do ano passado, com “interface mais acessível e possibilidades de personalização”, conforme divulgação feita no site do Clube de Regatas. Contudo, as demonstrações financeiras individuais da empresa não foram consolidadas no balanço do banco de 2024. O mesmo ocorreu com as controladas BRB Cartões e BRB Serviços.
Adicionalmente, chamou a atenção o fato de que o BRB não apresentou as demonstrações financeiras no padrão internacional de contabilidade, conhecido “IFRS”, que é obrigatório para empresas de capital aberto.
Por último, os olhares também se voltaram para um termo de compromisso firmado entre o BRB e o Banco Central em 10 de fevereiro deste ano. Neste documento, um acusado de cometer infrações se compromete a cessar as condutas irregulares – e geralmente paga uma multa ao BC – para evitar a abertura de um processo sancionador.
No caso do BRB, as acusações eram de que o banco estava fornecendo documentos, dados ou informações, em desacordo com os prazos e condições estabelecidas pelo Banco Central. Então, o banco de economia mista se comprometeu a implementar um “plano de ação” para melhorar o procedimento para envio desses registros – cujo conteúdo não foi especificado. Também houve o compromisso de pagamento de uma multa no valor de R$ 2,1 milhões. Agora, minoritários querem entender melhor essas supostas infrações.
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Todas essas questões devem ser debatidas na próxima sexta-feira (16), às 14h30, data para qual foi remarcada a Assembleia.
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