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As ações da Petrobras (PETR4) encerraram a terça-feira (18) cotadas a R$ 38,36, o maior valor da história na série ajustada por dividendos, mostram dados levantados por Einar Rivero, sócio-fundador da Elos Ayta Consultoria. O desempenho reflete o otimismo do mercado com a estatal, impulsionado pela valorização do petróleo no mercado internacional e boas expectativas para o balanço do 4º trimestre de 2024, a ser divulgado no dia 26 de fevereiro.
O Goldman Sachs atualizou as estimativas para o balanço do 4T24 da Petrobras e espera que a estatal reporte um Ebitda ajustado de US$ 10,4 bilhões. A expectativa é de que isso se traduza em US$ 2,4 bilhões em dividendos ordinários aos acionistas.
Em relação aos dividendos extraordinários, o Goldman entendeu que os valores poderiam ser anunciados juntamente com o balanço, dada a confortável posição de caixa da estatal. Ainda assim, o banco vê como um espaço menor para proventos extras do que em anos anteriores.
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“Nossa estimativa é de que a Petrobras tenha encerrado 2024 com um caixa de US$ 12 bi ou US$ 13 bi, significativamente acima da posição mínima de US$ 6 bi definida no último plano de negócios. Isso poderia argumentar a favor da eventual distribuição de dividendos extraordinários no curto prazo”, diz o relatório do banco.
Por outro lado, o Goldman Sachs entende que o anúncio recente de US$ 3,4 bilhões em dividendos extraordinários, feita no final de novembro de 2024, pode reduzir o espaço para novos anúncios do tipo. “A administração pode decidir esperar mais tempo enquanto ganha visibilidade sobre outros usos potenciais para o excesso de caixa, por exemplo, fusões e aquisições”, destaca o relatório.
O banco mantém a recomendação de compra para a Petrobras, com preço-alvo de R$ 41,30 para as ações preferenciais (PETR4) e de R$ 45,40 para as ordinárias (PETR3). O dividend yield esperado é de 13% para 2025, sendo 11% de proventos ordinários.