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- O Ibovespa hoje subiu 0,81%, aos 109.748,18 pontos, e com volume negociado de R$ 31,4 bilhões
- As três ações que mais desvalorizaram no dia foram: Suzano (SUZB3), Klabin (KLBN11) e Usiminas (USIM5)
O Ibovespa hoje subiu 0,81%, aos 109.748,18 pontos, e com volume negociado de R$ 31,4 bilhões. Após uma sequência de pregões complicada, pressionada principalmente pela PEC de Transição e, consequentemente, o furo no teto de gastos, o benchmark fechou o dia com ganhos, puxado pelas notícias associadas à privatização da Copel (CPLE6).
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Matheus Spiess, analista da Empiricus, explicou que o bom desempenho companhia refletiu em outras empresas que podem também sofrer um processo de capital disperso, como a Sabesp, Cemig e a Sanepar. Isso significa que essas empresas poderiam não possuir mais a figura de um controlador, ou seja, todo capital social está pulverizado entre diversas pessoas.
Já Idean Alves, sócio e chefe da mesa de operações da Ação Brasil Investimentos, afirmou que a nova proposta de PEC alternativa, do senador Alessandro Vieira (PSDB-SE), que prevê R$ 70 bilhões fora do teto de gastos, e não os R$ 190 bilhões outrora previstos, também ajudou a melhorar os ânimos do mercado.
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Na contramão, segurando a possibilidade do Ibovespa encerrar o dia com fortes ganhos, estão os setores de siderurgia e minério, que protagonizaram um baixo desempenho no dia.
Vale destacar que em semana de feriado nos EUA, na quinta-feira, a liquidez deve ficar reduzida no mercado local, o que também obriga a muitos investidores a anteciparem o ajuste das posições, o que deixa o mercado bastante movimentado nesse começo de semana. Nesta segunda-feira (21), o S&P 500 caiu 0,39%; Dow Jones, 0,13%; Nasdaq, 1,09%.
Quanto ao câmbio, o dólar e o euro caíram -1,19% e -2,05% frente ao real na sessão, atingindo os R$ 5,31 e R$ 5,44, respectivamente. Os investidores reduziram as posições defensivas na moeda americana de olho em propostas no Congresso visando enxugar a PEC. Mas o recuo do dólar foi limitado pelo sentimento de cautela internacional com a piora do quadro da covid-19 na China e o aperto de juros estadunidense e europeu no radar.
As três ações que mais desvalorizaram no dia foram: Suzano (SUZB3), Klabin (KLBN11) e Usiminas (USIM5).
Suzano (SUZB3): -3,34%, R$ 55,65
A Suzano assistiu seus ativos recuarem 3,34%, a R$ 55,65, neste pregão, protagonizando as maiores quedas do dia. O baixo desempenho é resultado de um enfraquecimento do dólar ante o real. Como a companhia é uma forte exportadora, seus negócios são feitos em moeda norte-americana, e quando o câmbio recua, o caixa da empresa segue na mesma linha, impactando a cotação do ativo.
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A SUZB3 está em alta de 4,61% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 5,23%.
Klabin (KLBN11): -3,13%, R$ 21,37
As ações da Klabin fecharam o dia com desvalorização de 3,13%, a R$ 21,37. Para especialistas, o desempenho negativo é resultado das incertezas sobre demanda por produtos fabricados pela companhia no mercado internacional.
“[Com um receio de que não exista uma melhora na economia global], os investidores olham para a produtora de papéis com receio no longo prazo”, pontuam Régis Chinchila e Luis Novaes, da Terra Investimentos.
A KLBN11 está em alta de 0,80% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 10,96%.
Usiminas (USIM5): -2,37%, R$ 7,40
As ações da Usiminas terminaram o dia em queda de 2,37%, a R$ 7,40, puxado pela desvalorização do minério de ferro.
O contrato da commodity mais negociada e para entrega em janeiro na Dalian Commodity Exchange na China, recuou 0,96%, cotado a US$ 103,97 a tonelada, em meio a novos picos de Covid-19 na China e com a decisão da Índia de retirar impostos de exportação de minério de ferro de baixo teor e de alguns produtos de aço.
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A USIM5 está em alta de 2,35% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 48,54%.
*Com informações do Estadão Conteúdo