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- O Ibovespa subiu 1,79% na semana, passando de 108.963,70 pontos para 110.916,08 pontos
- As três ações que mais caíram na semana foram Americanas (AMER3), Hapvida (HAPV3) e BRF (BRFS3)
O Ibovespa subiu 1,79% na semana, passando de 108.963,70 pontos para 110.916,08 pontos. A segunda semana de janeiro foi marcada principalmente por dois eventos bastante atípicos, que tiraram o foco da agenda política e macroeconômica que vinha dominando o mercado brasileiro: uma invasão em Brasília e um escândalo na Americanas (AMER3).
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No domingo (8), radicais e golpistas apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) invadiram a Praça dos Três Poderes, em Brasília, e destruíram o Palácio do Planalto, o Congresso Federal e a sede do Supremo Tribunal Federal. O movimento golpista, contra a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tomou o noticiário no País e no exterior como a mais grave ameaça à democracia brasileira dos últimos anos.
Os ataques em Brasília pesaram na abertura do Ibovespa na segunda-feira (9), mas o sentimento negativo do mercado logo foi sendo revertido à medida que as autoridades do governo respondiam aos acontecimentos. Nesta reportagem, explicamos porque mesmo com a gravidade do ocorrido a bolsa brasileira conseguiu encerrar o pregão da segunda com uma leve alta de 0,15%.
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“A abertura do mercado na segunda-feira foi super negativa, a bolsa em queda, o dólar em alta, as taxas de juros futuras em alta. Ao longo do dia, esse movimento foi perdendo força com os três poderes demonstrando união e combate aos acontecimentos”, destaca Bruno Mori, economista e sócio fundador da Sarfin.
Na terça (10) e na quarta-feira (11), o índice conseguiu altas de 1,55% e 1,53%, respectivamente. No entanto, logo após o fechamento do pregão da quarta, um fato relevante divulgado pela Americanas jogava uma bomba no mercado brasileiro. A varejista informou que encontrou “inconsistências contábeis” em seus balanços no valor de R$ 20 bilhões; o CEO Sérgio Rial e o diretor de relações com investidores, André Covre, renunciaram.
As ações AMER3 passaram boa parte do pregão da quinta-feira (12) em leilão para depois encerrar a negociação na B3 com queda superior a 75%. No mesmo dia, o Ibovespa não conseguiu segurar a pressão e caiu 0,59%.
Nesta sexta-feira (13), o desempenho também foi negativo e o índice caiu 0,84%. “No Brasil, pesou muito essa questão das Americanas. A bolsa perdeu um pouco a possibilidade de ganhar tração na alta”, diz Mori.
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Na semana, o dólar perdeu 2,48% frente ao real, cotado a R$ 5,10. O euro cedeu 1,77%, a R$ 5,33.
As três ações que mais caíram na semana foram Americanas (AMER3), Hapvida (HAPV3) e BRF (BRFS3).
Confira o que influenciou o desempenho dos ativos:
Americanas (AMER3): -69,74%, R$ 3,15
O fato relevante enviado ao mercado na quarta-feira (11), em que comunicava um rombo financeiro de R$ 20 bilhões, fez as ações da Americanas encerraram a semana com uma desvalorização histórica de 69,74%, cotadas a R$ 3,15.
No ano, a AMER3 cai 67,36%.
Hapvida (HAPV3): -9,96%, R$ 4,25
As ações da Hapvida caíram 9,96% na semana, encerrando o período cotadas a R$ 4,25.
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No ano, a HAPV3 cai 16,34%.
BRF (BRFS3): -7,41%, R$ 8
As ações da BRF cederam 7,41%, fechando a semana a R$ 8
No ano, a BRFS3 cai 3,38%.
*Com Estadão Conteúdo