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- Falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) também serão acompanhadas de perto após o tom mais moderado do BC americano
- Os sinais mistos no exterior, com apetite moderado nas bolsas e petróleo em queda, podem limitar a valorização do Ibovespa
- O mercado também monitora a maior disposição por aumento de gastos em ano eleitoral
Por Luciana Xavier e Silvana Rocha – A quarta-feira (3) traz a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), mas antes disso o mercado avalia uma série de índices de gerentes de compras (PMIs, na sigla em inglês), dos Estados Unidos, além dos que foram divulgados da Europa e China.
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Falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) também serão acompanhadas de perto após o tom mais moderado da autoridade norte-americano na semana passada e em meio à tensão entre EUA e China por causa da visita da presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, a Taiwan, considerada uma provocação pelo governo chinês.
As bolsas tentam ganhar fôlego nesta manhã, mesmo após indicadores mais fracos na Europa e diante das preocupações com a repercussão da viagem de Pelosi a Taiwan.
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O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, afirmou hoje que a visita “viola gravemente o princípio de uma só China”. Além disso, o país asiático alertou companhias aéreas para evitar áreas próximas a Taiwan. Já Pelosi disse que a solidariedade com a ilha é crucial.
Quanto aos indicadores, o PMI de serviços da zona do euro e da Alemanha passaram a apontar contração, enquanto o do Reino Unido caiu ao menor nível em 17 meses, embora ainda mostre expansão. Também na zona do euro, as vendas no varejo caíram e frustraram a estimativa de estabilidade.
Dirigentes do Fed também serão monitorados. Ontem, o presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, admitiu que os juros podem ter que ficar altos por mais tempo, mas outros membros do Fed estão indo na mesma direção.
Os sinais mistos no exterior, com apetite moderado nas bolsas e petróleo em queda, podem limitar a valorização do Ibovespa, mas ajudar o real, enquanto os juros futuros podem oscilar entre margens mais estreitas à espera do desfecho do Copom, com aumento esperado da Selic de 50 pontos-base, para 13,75% ao ano, e expectativa de que a autoridade monetária deixe a porta aberta para a possibilidade de uma nova alta em setembro, embora muitos avaliem que chegou a hora de uma pausa no ciclo de aperto. Nesta reportagem, analistas comentam se há consenso para novas altas na taxa de juros
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O mercado também monitora a maior disposição por aumento de gastos em ano eleitoral. O presidente Jair Bolsonaro disse ontem que a manutenção do piso do Auxílio Brasil em R$ 600 dependeria da aprovação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) e que o indicativo de manter o benefício em R$ 600 já constará da Lei Orçamentária Anual (LOA). Bolsonaro afirmou também que não precisa assinar o manifesto pela democracia organizado pela Fiesp: “Não preciso dizer se sou democrático ou não.”
Antes de confirmar se Lula vai comparecer aos debates, petistas dizem esperar uma notificação formal dos veículos de comunicação. Já Bolsonaro afirmou que “a princípio” a ideia é comparecer aos debates. A 14ª rodada da pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira, 03, mostra disputa mais apertada à Presidência e o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, aparece com 44% das intenções de voto no primeiro turno, contra 32% do atual presidente e candidato à reeleição.
Agenda econômica
PMIS dos Eua, dirigentes do Fed e COPOM no foco
A agenda hoje tem como destaque a divulgação dos índices de gerentes de compras (PMIs, na sigla em inglês) dos Estados Unidos (10h45, 11h00).
O mercado também monitora a participação de três dirigentes do Federal Reserve (Fed), Patrick Harker (11h30), Thomas Barkin (12h15), Neel Kashkari (15h30) e , em eventos.
Por aqui, o destaque é a decisão do Comitê de Política Monetária ( Copom) do Banco Central (18h30), mas a agenda traz ainda o PMI de serviços de julho (10h00) e o fluxo cambial de junho (14h30). O ministro da Economia, Paulo Guedes, participa do painel “Reformas estruturais e o caminho para o crescimento” na XP Expert (17h15).
Por volta das 7h25
Barril do petróleo WTI para setembro caía 0,80% na Nymex, a US$ 93,66, enquanto o do Brent para outubro recuava 0,88% na ICE, a US$ 99,66.
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No mercado futuro em Nova York, o Dow Jones subia 0,36% e o S&P 500 avançava 0,32%, enquanto o Nasdaq caía 0,26%.
Na Europa, a Bolsa de Londres subia 0,01%, a de Frankfurt ganhava 0,28% e a de Paris avançava 0,23%.
Índice DXY caía 0,04%, a 106,19 pontos, enquanto o dólar subia a 133,37 ienes (de 132,95 ienes), o euro avançava a US$ 1,0186 (de US$ 1,0180) e a libra se fortalecia a US$ 1,2186 (de US$ 1,2176).