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- Considerada queridinha da bolsa de valores brasileira, as ações da fabricante de motores elétricos WEG (WEGE3) têm apresentado um desempenho relativamente fraco nos primeiros seis meses deste ano
- Com fundamentos fortes e apoiada nos altos preços das commodities, que podem estimular novas implantações de investimento em capacidade na companhia, a perspectiva para a WEG segue positiva, dizem analistas
- Nesse cenário, o desconto recente nas ações pode ser uma oportunidade de entrada para investidores em um papel bastante popular no mercado e, muitas vezes, caro
Considerada queridinha da bolsa de valores brasileira, as ações da fabricante de motores elétricos WEG (WEGE3) têm apresentado um desempenho relativamente fraco nos primeiros seis meses deste ano. Na última semana, da segunda-feira (20) à sexta-feira (24) os papéis ensaiaram uma ligeira recuperação, conseguindo encerrar o período com alta de 15,9% – a maior valorização do Ibovespa na semana.
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O movimento está relacionado à forma como a WEGE3 é vista pelo mercado: uma ação resiliente de uma empresa consolidada, que pode funcionar como um porto seguro para o investidor em momentos de pânico do mercado e subida do dólar, semelhante ao que o País atravessa. “Por ter as receitas dolarizadas é um papel bastante defensivo e que sempre operou com preços de múltiplos muito mais elevados do que vemos agora. Por se tratar de uma empresa bastante resiliente, é um ativo que compõe bem a carteira dos investidores”, diz Jansen Costa, sócio-fundador da Fatorial Investimentos.
Mas apesar da recuperação da última semana, no ano os papéis acumulam uma queda de 20%. “A desvalorização do ativo se deu muito mais por conta dos fatores macroeconômicos e por fatores de mercado, que penalizaram ações que negociavam a um P/L (Preço/Lucro) muito elevado. Apesar disso, os fundamentos da Weg seguem intactos e positivos”, explica Idean Alves, sócio e chefe da mesa de operações da Ação Brasil Investimentos.
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Com fundamentos fortes e apoiada nos altos preços das commodities, que podem estimular novas implantações de investimento em capacidade na companhia, a perspectiva para a WEG segue positiva. E, nesse cenário, o desconto recente nas ações pode proporcionar uma oportunidade de entrada para investidores em um papel bastante popular no mercado e, muitas vezes, caro.
“Por mais que alguns analistas e gestores achem o papel ‘caro’, ele vem surpreendendo bastante nos últimos anos. Com o múltiplo P/L de 1,8x atrativo, seria um bom momento para se posicionar em WEGE3”, destaca Alves.
Na XP, a visão também segue positiva para WEG mesmo após as quedas no preço dos ativos até aqui; e até por causa delas. Em relatório, Lucas Laghi, analista de bens de capital e transportes, e Pedro Bruno, analista de transportes e co-head de equity research da XP, afirmam que o atual patamar de preços das ações é um ponto de entrada atrativo para investidores montarem posições nos ativos.
Os especialistas explicam que já era de se esperar uma contração nos múltiplos de preço lucro da companhia, dado o aumento no custo de capital da empresa com o aumento nas taxas de juros. Mas o desconto atual está além dos fundamentos da WEG, o que torna o valuation das ações atrativo para o investidor. “Reforçamos nossa visão positiva em relação à WEG, vendo a empresa como um raro alinhamento de crescimento e retorno”, diz o relatório. Na XP, a recomendação é de compra dos ativos, com preço-alvo de R$ 45 para o final de 2022.
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Na última semana, o BTG Pactual fez uma recomendação de compra para as ações da Weg pela primeira vez. Em relatório divulgado na segunda-feira (20), o banco definiu um preço-alvo de R$ 40 para os papéis, destacando o ciclo perene de negócios da empresa, a “flexibilidade de produto” e exposição a diversas tendências duradouras do setor. “O BTG Pactual cobre a WEG há anos e nunca teve a classificação de ‘compra’, perdendo assim uma das maiores histórias de criação de valor da Bolsa local”, afirmam Lucas Marquiori, Fernanda Recchia e Aline Gil, analistas do BTG, em relatório.
Em 2022, WEGE3 marcou presença nas carteiras recomendadas das corretoras consultadas pelo E-Investidor em todos os meses até aqui.