- A Azul (AZUL4), assim como as demais companhias aéreas, fazem parte de um dos segmentos mais impactados pela pandemia da covid-19 devido às medidas de restrição de circulação
- Segundo dados da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA, na sigla em inglês), as companhias aéreas perderão US$ 157 bilhões em 2020 e 2021
- Em seu relatório referente ao quarto trimestre de 2020, a Azul reportou um prejuízo de R$ 4,6 bilhões no ano passado
A Azul (AZUL4), assim como as demais companhias aéreas, fazem parte de um dos segmentos mais impactados pela pandemia de covid-19 por conta das medidas de restrição de circulação impostas pelas autoridades locais com o intuito de frear as transmissões do vírus. Com isso, diversas fronteiras foram fechadas e o fluxo de passageiros caiu drasticamente.
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Segundo dados da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA, na sigla em inglês), as companhias aéreas perderão US$ 157 bilhões em 2020 e 2021. O valor é quase 60% maior do que as estimativas feitas em julho do ano passado e cinco vezes o déficit acumulado durante a crise de 2008.
Em seu relatório referente ao quarto trimestre de 2020, a Azul reportou um prejuízo de R$ 4,6 bilhões no ano passado. Suas receitas caíram 45,1% na comparação anual, atingindo R$ 1,7 bilhão.
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Mas, afinal, o que podemos esperar das ações da Azul? O E-Investidor consultou 6 casas de análise para saber as recomendações para os papéis.
Ágora Investimentos
- Recomendação: Neutra
- Preço alvo: R$ 40,00
“Atualizamos nosso modelo para Azul, mantendo nossa recomendação de Neutra inalterada, enquanto elevamos nosso preço-alvo de R$ 27,00 para R$ 40,00, com uma perspectiva melhor principalmente para 2022. Para 2021, revisamos para cima nossas estimativas em 2% para passagens aéreas e 3% para a demanda, explicando a maior receita líquida. Enquanto isso, os preços mais altos dos combustíveis justificam as estimativas de EBITDA 3,5% menores. Para 2022, a expectativa de um ritmo de recuperação mais forte nos levou a ajustar nossa estimativa de demanda para cima”, diz José Francisco Cataldo, head de research da Ágora Investimentos.
BTG Pactual
- Recomendação: Compra
- Preço alvo: R$ 47,00
“Como os números fracos já eram esperados, embora os ajustados tenham vindo acima do nosso previsto, não achamos que os investidores devam prestar muita atenção aos resultados do quarto trimestre, focando mais em liquidez, gestão de passivos e capacidade de recuperação. Nós mantemos nossa recomendação como Compra para a empresa, devido à sua alta exposição doméstica”, diz Lucas Marquiori e Fernanda Recchia, do BTG.
Ativa Investimentos
- Recomendação: Compra
- Preço alvo: R$ 48,80
“Apesar de ainda apresentar alguma inconstância em seu processo de transformação da retomada operacional em receitas, a Azul pela qual nos deparamos atualmente é notoriamente mais equilibrada e robusta que aquela do começo da atual crise. Observamos de perto os riscos inerentes à operação, porém acreditamos que a companhia se encontra em posição para, tão logo, tornar mais célere sua retomada e fazer frente aos seus próximos desafios”, dizem Pedro Serra e Ilan Abertman, da Ativa Investimentos.
Warren
- Recomendação: Neutra
- Preço alvo: –
“Em meados de fevereiro e início de março, vimos o número de novos casos de covid-19 aumentarem significativamente. Como consequência, medidas de restrição à mobilidade mais rígidas foram reimplementadas em todo o Brasil, impactando diretamente a reabertura do comércio e o setor de transporte e turismo. Além disso, um programa de vacinação mais lento que o esperado tende a reduzir a velocidade de recuperação desses setores. Acreditamos que a Azul fez ajustes importantes na sua estrutura operacional e financeira, o que permitiu a redução do risco a uma intensificação das consequências da pandemia. Vemos potencial nos próximos anos, mas efetivamente, a velocidade de difusão da vacina será definitiva na velocidade de recuperação da empresa” diz Iago Souza, da Warren.
Easynvest
- Recomendação: Neutra
- Preço alvo: R$ 45,00
“Apesar de vermos a companhia como a grande ganhadora do setor com uma eventual reabertura pós-imunização, o ritmo de vacinação ainda lento e a alta taxa de contaminação trazem muita incerteza sobre quando ou mesmo se a Azul retornará ao padrão pré-Covid. Vemos desconto no ativo, com boa possibilidade de suas ações retornarem ao menos para a faixa dos R$ 45, mas a alta volatilidade somada à muitas variáveis que fogem inclusive do controle da própria companhia não nos deixa confortáveis em recomendar compra. Nossa visão é de que há outras oportunidades com relação risco x retorno melhores na Bolsa atualmente”, diz Murilo Breder, analista de ações da Easynvest.
Guide
- Recomendação: Compra
- Preço alvo: R$ 48,00
“A Azul disparou 13% ,14% ao longo dos últimos dias, devido a alguns fatores. Primeiro é a perspectiva super deteriorada das questões sanitárias, o que refletiu em uma grande perda de valor dos ativos há algumas semanas. Havia espaço para a recuperação nos preços, dado que os ativos de fato tinham sido bastante depreciados. Mas, segundo dados divulgados na semana passada, a atividade aérea dos EUA mostrou números fortes superando os patamares de pandemia. Isso trouxe uma sinalização positiva para o setor e, além disso, o avanço nas perspectivas de vacinação no aqui país. Por mais que a situação atual esteja deteriorada, o mercado antecipa alguns fatores e temos acompanhado uma forte aquisição de vacinas, o que pode sim se refletir em um bom humor para o setor aéreo, que é super dependente da aceleração quanto ao fim da pandemia”, diz Henrique Esteter, analista da Guide.